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Jogos Universitários: Torcidas reacendem a cultura de arquibancada

Written by Artur Rodrigues | 22/jun/2017 10:02:00

Crédito foto: Reprodução / Facebook Gariloucura

Enquanto o Ministério Público do Estado de São Paulo proíbe as organizadas dos times paulistas de levarem instrumentos, bandeiras, faixas e sinalizadores, sendo este último proibido em todo os país, nos Jogos Universitários de Comunicação e Arte, o JUCA, as torcidas das faculdades fizeram a festa nos jogos disputados no último feriado. Com direito a bateria, faixas, bandeiras com mastros, o que é vetado em São Paulo já há algum tempo, o clima foi de absoluta festa. Não houve nenhuma morte, nem sequer brigas entre elas, o que prova que as confusões nos estádios, pelo futebol profissional, não tem nada a ver com estes instrumentos de festa.

Mas, qual a relação entre o campeonato universitário e o futebol profissional, sobretudo no que diz respeito ao torcedor? Simples! O JUCA manteve viva a cultura de arquibancada, a festa, que tem sido extinta cada vez mais dos estádios paulistas. Todos sabemos quais são os motivo dessas punições e que elas têm se mostrado cada vez mais inúteis.

Crédito foto: Reprodução / Facebook Grifonóia

Os jogos universitários, não só de comunicação, mas todos, como o de direito, medicina, economia, dentre outros, têm muita importância na manutenção das festas, da beleza nas arquibancadas. Não importa se é em ginásio fechado ou estádio aberto, os sinalizadores, as baterias, as bandeiras e as faixas estão sempre presentes e isso mantém a cultura de torcer ainda viva. Quantas vezes vemos uma partida do Campeonato Brasileiro ser paralisada por conta de meia dúzia de sinalizadores acesos na arquibancada? Luzes que são completamente inofensivas, que são acesas por crianças em festas juninas e nada acontece.

Dos vários métodos usados na Inglaterra para banir a violência dos estádios, nós infelizmente resolvemos pegar um dos únicos que não deveria seguir de exemplo: a extinção das festas dos torcedores. Além da elitização, os estádios brasileiros passam também por um “desmatamento” da cultura de torcer. No JUCA, essa tentativa de transformar o esporte em teatro não existe, e o resultado é um show dos torcedores.

Os protagonistas de um jogo não são só os jogadores. A atmosfera da torcida é fundamental para o espetáculo. Com show de luzes dos sinalizadores, baterias em ritmos frenéticos e muitas bandeiras balançando, o evento mostrou que a cultura de arquibancada permanece viva, ainda que pouca, mas permanece. Portanto, parabéns as torcidas Grifonóia, Gariloucura, Fúria Cubana, Aguante Rojo, TURP e Brigada Puccamp, por levar às quadras e aos campos a tradicional e quase extinta cultura de arquibancada.

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