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O ano de 2016 já passou para os clubes de futebol, pelo menos na prática. Mas, numericamente, a temporada passada só se encerrou agora para os torcedores brasileiros. Amir Somoggi, formado em administração de empresas pela ESPM, especializado em gestão esportiva pela FGV e pós-graduado em marketing esportivo pela Universidade de Barcelona, realizou recentemente seu estudo anual sobre finanças das equipes brasileiras em exercício em 2016. O estudo consiste numa análise detalhada dos 20 com maiores receitas do Brasil.
Dentre estes, o Esportudo selecionou os dez que menos dependeram da verba de televisão ano passado em % (porcentagem), analisando os casos. Equipes em que a verba recebida da TV foi menor que outras em porcentagem, pode ser maior em quantia (R$). Isso porque, ou passaram mais jogos, ou são grandes em suas regiões, ou ate porque as outras fontes de renda (jogadores, patrocínios, sócios, bilheteria e outras) renderam mais ou menos dinheiro. Eis o ranking com a porcentagem traduzida em quantia:
A Raposa obteve 55% de sua renda da televisão. Isto é, R$ 131,12 milhões.
O Colorado Gaúcho tirou 53% dos direitos de transmissão. Ou seja, R$ 155,131 milhões.
A renda do Coxa das transmissões representou 53% de seu acumulado no ano. Isso deu R$ 56,94 milhões.
O Peixe equilibrou perfeitamente sua entrada de dinheiro em caixa. Com exatamente 50% vindos da TV, R$ 147,9 milhões entraram no clube.
Os 47% das transmissões representaram R$ 228,138 milhões ao Timão.
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O Galo teve 41% do seu total saindo da televisão. Isso equivale a R$ 129,683 milhões.
Assim como o Galo, 41% do dinheiro que a Chape ganhou ano passado entrou pelos direitos de transmissão. Porém, a quantia é muito menor: R$ 30,668 milhões.
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No Furacão, 34% entrou por causa dos jogos transmitidos. A representatividade em cifras é de R$ 55,794 milhões.
O Tricolor Paulista recebeu 1% a menos que o Furacão, ou seja, 33%. Mas, a quantia é bem maior: R$ 129,822 milhões.
Apenas 27% da renda do Verdão entrou em caixa por direitos de transmissão, o que equivaleu a R$ 126,522 milhões. Ano passado, o Palmeiras recebeu muito dinheiro de patrocinadores e pela conquista do Campeonato Brasileiro, o que explica uma quantia tão alta significar uma porcentagem tão baixa.
A Chapecoense ficou empatada com o Galo em porcentagem. Mas, após o acidente ocorrido em 29 de novembro, o clube ganhou uma enorme quantidade de associados no Brasil e no exterior, fazendo com que as outras fontes de renda diminuíssem.
Entretanto, o dinheiro de luvas em novos contratos de transmissão em vários clubes (Atlético-PR, Coritiba, Internacional, Santos, Santa Cruz, Figueirense e Palmeiras) fez com que a renda tenha sido alta em 2016. Os números de 2017 devem ser desastrosos: “Somente em 2017 saberemos, sem o impacto das luvas da TV, a real situação do mercado. Em minha opinião, será o ano da verdade, com números negativos”, escreveu Somoggi em sua matéria publicada no Lancenet.
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