Crédito foto: Reprodução / Twitter oficial do clube
Que os últimos anos foram amargurados para o Palmeiras, o torcedor alviverde sabe melhor que ninguém. O segundo rebaixamento para a Série B em 2012, no mesmo ano do segundo título da Copa do Brasil do clube, expôs a profunda crise e incerteza sob o maior campeão nacional. Porém, mesmo nesse período de calamidade técnica e competitiva, o Palmeiras venceu quatro títulos de grande expressão, protagonizou grandes confrontos e se mostrou renovado com o título Brasileiro de 2016, pondo fim a fila de 22 anos e retomando a esperança do torcedor.
Dessa forma, o Esportudo separou um Top 10 dos confrontos mais marcantes que mostram um outro lado desses dez últimos anos palmeirenses no futebol. Confira abaixo!
No Campeonato Paulista de 2007 o clássico era anunciado, principalmente, pela crise que ameaçava rondar ambas as equipes com péssimas campanhas no Campeonato Paulista. Em um de seus últimos clássicos com a camisa palmeirense, Edmundo fez valer o apelido de animal e, com dois gols, foi o nome do jogo, marcado pela sólida vitória fora de casa da equipe alviverde, em um Morumbi com pouco menos de 30 mil torcedores de ambos os times.
Pressionado para evitar uma eliminação precoce na competição, o time viajou para Santiago, no Chile, para assegurar a segunda colocação do grupo e se classificar para a fase eliminatória. Porém, com um jogador a menos e o jogo nas mãos dos chilenos, o Verdão ia ficando pelo caminho até os 42 minutos do segundo tempo, quando Cleiton Xavier guardou, de muito longe, um golaço e assegurou a classificação do time de Vanderlei Luxemburgo - que se juntou a todos os outros times brasileiros participantes na competição nas oitavas de final.
Em 2015 o clube vivia o incômodo jejum de não ter vencido nenhum time da Série A até 12ª rodada do Campeonato Paulista – havia perdido para o Corinthians, no primeiro clássico na nova arena por 1 a 0, e na Vila Belmiro para o Santos por 2 a 1 – quando ganhou o primeiro clássico contra o São Paulo no novo Palestra Itália. O jogo ficou marcado pela superioridade do time palmeirense, que se impôs mas, principalmente pelo golaço de Robinho em Rogério Ceni, que se repetiu, no Morumbi, no empate em 1 a 1 no Brasileirão daquele ano e em 2017 com Dudu, mas nessa última vez com Rogério Ceni como técnico.
Além disso, ainda em 2015, mas no primeiro turno do Campeonato Brasileiro, o Verdão goleou o São Paulo por 4 a 0, somando assim 7 a 0 nos dois primeiros choques-rei do Allianz Parque. Hoje o placar é de 12 a 1 para o time em sua nova casa.
Em um dos primeiros confrontos entre o Alviverde e o Santos de Neymar, Ganso e Robinho, o time da capital acabou com uma sequência de 12 jogos sem derrotas do time da Vila, considerado o melhor do Brasil naquele momento. Em um jogo eletrizante, o Santos abriu 2 a 0 e o visitante ainda no primeiro tempo empatou. No segundo tempo, virada palmeirense, mas minutos depois novo empate, dessa vez santista. Por fim, Robert, o nome do jogo, marcou seu terceiro gol e decidiu o clássico.
Mesmo em um dos piores anos da história do clube, ele conseguiu se sagrar campeão da Copa do Brasil. Com um time muito limitado, o Verdão foi surpreendentemente superando seus adversários em jogos complicados, como na semifinal contra o Grêmio, até chegar na final contra o Coritiba. A vitória palmeirense por 2 a 0 na Arena Barueri deu tranquilidade para o time buscar o empate com o Coxa em 1 a 1 no Couto Pereira. Gol do esquecido atacante Betinho que pôs seu nome na história do clube, mas não na lembrança do torcedor que, possivelmente, já se esqueceu do ano de 2012 que foi de glórias, mas de lágrimas também, com o segundo rebaixamento para a Série B do Brasileirão.
Na semifinal do Campeonato Paulista de 2015 o Corinthians recebeu o Verdão em sua casa em jogo único. O empate em 2 a 2 representou bem o que foi a partida, decidida nos pênaltis. O Corinthians de Tite terminou o campeonato, segundo o regulamento, invicto visto que o jogo terminou empatado, mas mais uma vez cedeu ao time alviverde nos pênaltis, evidenciando a superioridade palmeirense nesse tipo de disputa. O nome do jogo? Fernando Prass. O goleiro começava a escrever sua história pelo clube e dava sequência a sina corintiana nos pênaltis contra o clube.
Pelo Campeonato Paulista de 2008, o Alviverde não deu chances para a Ponte Preta no segundo jogo da final. Um dos melhores times do Verdão nos últimos anos pôs fim a um jejum de 11 anos e 11 meses do time sem conquistar o estadual. Na primeira partida, a equipe da capital já havia vencido por 1 a 0 com gol de Kléber Gladiador e fez uma das finais mais tranquilas da história do campeonato no jogo de volta. Alex Mineiro, com três gols no segundo jogo, se tornou artilheiro daquela edição, representando o time com o melhor ataque do campeonato, treinado por Vanderlei Luxemburgo.
Em um dos mais emblemáticos títulos do clube, o adversário foi o Santos. Em um período de extrema rivalidade entre as duas equipes, o Palmeiras, que vinha de derrota para o rival na final do Paulista daquele ano e subestimado pela imprensa, perdeu o primeiro jogo por 1 a 0, mas ia conquistando o título até os 41 minutos da segunda etapa do segundo jogo, quando Ricardo Oliveira fez o seu e levou a disputa para os pênaltis. Nas cobranças, novamente o nome do jogo foi Fernando Prass, que pegou um dos chutes e reergueu o clube com o gol histórico na última cobrança.
Em segundo lugar - mais pela história do goleiro Marcos e por sua representatividade do que pela real importância do jogo - as oitavas de final da Libertadores de 2009 foi um resumo da gloriosa carreira do goleiro santo. Após a grandiosa classificação no jogo contra o Colo- Colo, o arqueiro fez um de seus últimos milagres com a camisa palmeirense na gigantesca atuação do segundo jogo e mostrou o porquê de seu reconhecimento. Com a vitória por 1 a 0 no jogo de volta na Ilha do Retiro, o Sport levou a disputa para os pênaltis, e mais uma vez o nome do jogo foi o goleiro palmeirense. Marcos pegou três pênaltis e decidiu o jogo, classificando o Alviverde para a próxima fase.
Por fim, o jogo que deu o nono título do Campeonato Brasileiro para o clube não foi brilhante, mas muito emocionante. A vitória mínima por 1 a 0, com gol do contestado lateral direito Fabiano, pôs fim ao jejum de 22 anos sem ganhar o Brasileirão e devolveu aos palmeirenses a alegria de comemorar o mais importante título nacional.
Em uma campanha espetacular, o clube fechou o campeonato com média de 32 mil torcedores por jogo, 24 vitórias e 80 pontos somados, além de ser o time com o melhor ataque e a melhor defesa. O campeonato simbolizou não só a reestruturação do clube, como também as proporções palmeirenses. O novo século apresenta uma grande parcela negativa da história alviverde, mas ainda assim reforça a autoridade e amplitude do time, que mesmo em seus piores momentos se manteve presente em grandes confrontos, disputando e conquistando títulos.
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