Crédito foto: Reprodução Twitter oficial da competição
Semana passada China, semana que vem Bahrein. Vettel e Hamilton empatados. É a Fórmula 1 em movimento, com muita emoção. Acompanhe nossas dicas, opiniões e palpites.
Vou contra a maré de críticas ao novo regulamento técnico da categoria. Gostei. Até o ano passado, para ultrapassar, o carinha embutia no carro da frente, dava uma cozinhada até uma das retas que permitissem abertura de asa, punha de lado e passava, com a vantagem do menor arrasto aerodinâmico. Bem burocrático. Um efeito imprevisto no regulamento desse ano criou uma turbulência na parte traseira dos carros que praticamente anula a abertura da asa para quem vem atrás. Para ultrapassar agora, o piloto tem que retardar a tomada de alguma curva e se jogar por dentro, tendo que tomar o cuidado de não espalhar e “tomar um X”, não bater e ainda sair tracionado. Isso exige talento e os pegas ficam muito mais emocionantes. Pilotos ousados são premiados. Em minha opinião, se temos menos ultrapassagens, as que temos são mais bonitas de se ver.
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Num GP complicado, com chuva nos treinos e parte da pista molhada no começo da corrida, o pole position Lewis Hamilton (GBR) largou bem e foi embora numa corrida impecável até a bandeirada. Os demais foram retardados por contingências de corrida e não conseguiram ameaçar seriamente o britânico. Show mesmo deu Max Verstappen (HOL) que saiu da décima sexta posição no grid e chegou em terceiro, mostrando seu talento e a qualidade da Red Bull (Daniel Ricciardo companheiro de equipe chegou em quarto). Se tivesse feito um treino melhor e largado nas primeiras filas poderia ter vencido.
Fim de semana agora tem o Grande Prêmio do Bahrein. Saiba mais sobre essa corrida.
O Bahrein é um dos minúsculos e milionários emirados do Golfo Pérsico. É um conjunto de ilhas desérticas que praticamente boiam em petróleo, ocupando uma área equivalente à metade da cidade de São Paulo. Com muito dinheiro construíram uma capital supermoderna, Manama, com muito vidro e aço escovado, que é atração turística e importante centro econômico da região. O país tem pouco mais de 1 milhão de habitantes.
Localizado a 30 km da capital, no meio do deserto, o autódromo de Sakhir tem 5,412 km (pouco mais de 1 km maior que Interlagos), com quatro retas e 15 curvas (sem nome, só numeradas), que exigem muito dos freios. Super plano, sem subidas ou descidas, lembra um grande kartódromo, com enormes áreas de escape. A corrida, no domingo 16 de abril, terá 57 voltas, totalizando 308,484 km.
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O Grande Prêmio do Bahrein de Fórmula 1 é relativamente novo no calendário da categoria. O primeiro foi disputado em 2004, com vitória do alemão Michael Schumacher, guiando a Ferrari. Ano passado Nico Rosberg (ALE) da Mercedes, que já tinha ganhado na Austrália e na China, venceu o GP, juntando mais folga para seu título mundial. Fernando Alonso (ESP) foi o maior vencedor, chegando na frente com a Renault em 2005 e 2006 e com a Ferrari em 2010. Felipe Massa manda bem nessa pista. Ganhou em 2007 e 2008, com Ferrari.
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Assim como foi na China, as equipes terão à disposição os pneus super macios (banda vermelha), macios (banda amarela) e médios (banda branca), além dos de chuva (difícil chover lá, a corrida é no deserto). Em condições normais de clima, cada piloto tem que usar ao menos dois jogos de tipos diferentes na prova.
O SporTV transmite os treinos nas manhãs da sexta e do sábado e reprisa a prova na noite do domingo. A TV Globo transmite só o fim do treino no sábado (Q3) e a corrida ao vivo a partir das 12h do domingo, 16 de abril. No rádio, a Bandeirantes e a Globo/CBN transmitem a prova.
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As Red Bull estão no mesmo nível de Mercedes e Ferrari. Se conseguirem fazer um treino legal e largar bem podem surpreender e ganhar.
Felipe Massa (BRA) fez uma ótima corrida na Austrália e uma prova horrorosa na China. Manda bem no Bahrein (ganhou duas vezes com Ferrari e chegou entre os dez nos últimos três anos, de Williams). Deve pontuar.
Pilotos mais ousados, como Max Verstappen (HOL) estão dando show. Preste atenção também em Romain Grosjean (FRA), que sempre busca pontos improváveis para ultrapassar e foi bem na China. Não vai ganhar nada, mas é garantia de pegas legais.
O estreante Esteban Ocon (FRA) largou em 14º na Austrália e chegou em 10º. Largou em último na China e chegou em 10º também. Foi campeão da F3 Europeia em 2014, batendo ninguém menos que Max Verstappen e venceu a GP3 em 2015 marcando pontos em todas as provas. O garoto é muito bom. Fique atento.
Por falar em estreante, na China nosso amigão Lance Stroll (CAN) bateu na primeira volta. Vai acabar batendo em todas as provas.
1. Lewis Hamilton (GBR – Mercedes) – 43
2. Sebastian Vettel (ALE – Ferrari) – 43
3. Max Verstappen (HOL - Red Bull) – 25
4. Valtteri Bottas (FIN – Mercedes) – 23
5. Kimi Raikkonen (FIN – Ferrari) – 22
6. Daniel Ricciardo (AUS - Red Bull) – 12
7. Carlos Sainz Jr. (ESP - Toro Rosso) – 10
8. Felipe Massa (BRA – Williams) – 8
9. Sergio Pérez (MEX – Force India) – 8
10. Kevin Magnussen (DIN – Haas) – 4
1. Mercedes – 66
2. Ferrari – 65
3. Red Bull – 37
4. Toro Rosso – 12
5. Force India – 10
6. Williams – 8
7. Haas – 4
8. McLaren – 0
9. Renault – 0
10. Sauber – 0
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