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26 de agosto de 1914. Surgia o alviverde imponente, como retrata seu próprio hino. Nesta última sexta-feira (26), o clube completou 102 anos de muitas vitórias e glórias. Veja abaixo uma lista de 10 razões para o palmeirense se orgulhar de vestir o manto verde e branco.
No Brasil, ninguém levantou mais troféus nacionais que o alviverde. Foram oito brasileiros unificados (quatro Campeonatos Brasileiros, duas taças Roberto Gomes Pedrosa e duas Taças Brasil), três Copas do Brasil e uma Copa dos Campeões, contabilizando doze taças nacionais de primeiro escalão.
O Verdão vestiu a amarelinha para enfrentar o Uruguai em 1965 | Crédito foto: Divulgação/Site oficial do clube
No ano de 1965, o Verdão tinha um verdadeiro timaço que valeu o nome de Academia. Não por acaso, recebeu a honra de vestir as cores da seleção brasileira para um amistoso contra o Uruguai que marcou a inauguração do Mineirão. O resultado? 3 a 0 para o Palmeiras/Brasil. Os gols foram marcados por Rinaldo, Tupãzinho e Germano. Foi a primeira vez em que um time vestiu as cores do Brasil e a única oportunidade em que a seleção foi treinada por um estrangeiro (Filpo Núñes, então técnico palmeirense).
Palmeirenses comemoram o título da Copa-Rio de 1951: recuperação após a perda do mundial da Copa de 1950 | Crédito foto: Divulgação | site oficial do clube
Menosprezada pelos rivais, orgulhada pelos palmeirenses. Assim é a Copa-Rio vencida pelo Verdão contra a Juventus, em um Maracanã lotado com mais de 100 mil pessoas, que bradou “campeão do mundo” ao ver trilar o apito final do francês Gabriel Tordjman, árbitro da partida. Os gols no empate por 2 a 2 na grande final foram marcados por Rodriguinho e Liminha e, somado ao placar do primeiro jogo (1 a 0) deram o título mundial ao time alviverde.
Mais do que uma simples conquista, representou uma recuperação para o país que, um ano antes, havia perdido a final da Copa do Mundo para o Uruguai dentro de casa, no mesmo Maracanã –e na época sequer havia vencido a competição – a redenção rendeu manchetes que circulam até hoje nas ruas da Barra Funda.
O Allianz Parque é lindo, mas não substitui o antigo Palestra Itália nos corações alviverdes | Crédito foto: Cesar Greco | Divulgação oficial do clube
Com estádio próprio desde 1920, seis anos após sua fundação, o palmeirense agora tem uma das arenas mais modernas do Brasil. O novo estádio vem recebendo ótima média de público e tem sido aliado do Palmeiras nos jogos: decidindo em casa, o estádio cuja reforma terminou em 2014 já viu o título da Copa do Brasil no ano passado. O antigo Palestra ainda recebeu o primeiro jogo da seleção brasileira em solo paulistano no ano de 1922, outro fato de orgulho dos palmeirenses.
O alviverde imponentea é mais do que um time, é uma religião. Duvida? O time já teve o Divino (Ademir da Guia), um santo (Marcos) e agora ainda conta com Jesus no comando do ataque. A própria torcida tem uma música clássica para definir o sentimento pelo time: “Palmeiras, minha fé, religião”.
A seleção brasileira é a maior campeã mundial quando o assunto é Copa do Mundo. Com cinco conquistas (1958, 1962, 1970, 1994 e 2002), a delegação verde e amarela sempre teve palmeirenses em seu elenco. Nenhum outro time conseguiu esse feito. O palmeirense ainda pode se orgulhar do único ouro em Olimpíadas que contou com a presença de Gabriel Jesus no plantel, outro palmeirense.
Entrando com a bandeira do Brasil, o Verdão respondeu fora de campo às críticas sobre o nome italiano. Na estreia do novo nome, já saiu de campo campeão | Crédito foto: Cesar Greco | Divulgação oficial do clube
Os interesses políticos do país durante a 2ª Guerra Mundial colocaram em cheque a existência do então Palestra Itália. Às vésperas de um clássico contra o rival São Paulo, uma manobra política colocou em risco o time alviverde, acusado de menção à Itália fascista de Mussolini. O clube respondeu mudando de nome para Palmeiras e entrou em campo com uma bandeira do Brasil. O dia marcou o título do Paulista de 1942 com uma vitória sobre o rival e criou uma frase famosa pelos lados do Palestra: “O Palestra morreu líder, o Palmeiras nasceu campeão”. O episódio, conhecido como ''Arrancada Heroica'', tem uma passarela próxima ao Allianz Parque nomeada assim como homenagem.
São Marcos: amado até pelos rivais | Crédito foto: Getty Images
Maior símbolo do clube alviverde, São Marcos marcou seu nome na história em 2003, quando deixou de ir para o inglês Arsenal e disputar a segunda divisão pelo Verdão. Sua devoção ao clube fez do goleiro um torcedor em campo e seu carisma conseguiu conquistar até os rivais, ainda mais depois das ótimas partidas pelo Brasil na Copa do Mundo de 2002. Isso sem contar as defesas incríveis que eternizaram Marcão no coração palmeirense, como o inesquecível pênalti defendido contra o maior rival em 2000.
A lista de ídolos é muito grande, Marcos é apenas o primeiro de um número gigantesco de nomes. Ademir da Guia, Evair, Edmundo, Dudu, Oberdan Catani, Liminha, Leão, Djalma Santos, Luís Pereira, Nei, Leivinha, Veloso, Jorginho são apenas alguns dos grandes jogadores que vestiram o manto alviverde.
Um dos maiores clássicos o futebol brasileiro é o Derby entre Verdão x Timão. O palmeirense pode se gabar de sair mais vezes vitorioso e de dar sorte nos confrontos contra o grande rival. Além disso, sempre se deu bem nos mata-matas, eliminando nos dois confrontos da Libertadores e ganhando um título brasileiro sobre o rival. Por fim, a maior goleada também é verde: 8 a 0.
Depois de conquistar praticamente todos os títulos que disputou ao longo de sua vitoriosa história, o Verdão terminou o século passado na liderança de diversos rankings de clubes de diferentes fontes. Com isso, ganhou o título simbólico de “campeão do século”. Dos grandes times do futebol brasileiro, inclusive, o alviverde só perde para três no confronto direto: Cruzeiro, Internacional e São Paulo.
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