Crédito foto: Reprodução / Facebook Oficial do clube
Na tarde desta terça-feira, 23, foi anunciado que Paulo Autuori deixou o cargo de técnico do Atlético-PR para virar um “diretor” ou “coordenador de futebol”, como preferir, e já foi indicado para seu antigo cargo o recentemente ex-treinador do Palmeiras, Eduardo Baptista.
A decisão, pelo o que se parece, já estava sendo estudada e sondada por algum tempo, desde o ano passado quando Autuori assumiu o Furacão. Na época, conseguiu até a suada classificação para a Copa Libertadores, onde o time está nas oitavas de final.
O Presidente do Conselho Deliberativo do clube, Petraglia, deu todo apoio a Paulo para o novo compromisso. Há algum tempo, um de seus auxiliares, Bruno Pivetti, comandava treinos e escalações para poder liberar o então treinador para focar, também, na parte administrativa e de supervisão. Esse modelo de gestão favorece os experientes, o futuro do clube, a administração das crises e, principalmente, foca no “planejamento”, palavra que tem sido muito usada para explicar boas fases de times que estão em alta, como Palmeiras e Flamengo.
Paulo Autuori já foi campeão da Copa Libertadores e do Mundial de Clubes pelo São Paulo, tem um vasto conhecimento de planejamento, tratamento de pessoas e do próprio meio. Esse sistema de administração foi adotado e ficou muito popular com o Alex Ferguson, do Manchester United, que ficou décadas vitoriosas à frente do clube.
Tudo isso deve ser visto com bons olhos, afinal, são apostas em modernidade e estudo. Não foi à toa a escolha de Autuori por Eduardo Baptista, que é um dos personagens dessa nova geração de técnicos estudiosos. O ex-comandante Alviverde saiu do cargo com mais de 60% de aproveitamento e é adepto das estatísticas, dos números de produtividade e da famosa e recente formação 4-1-4-1, muito utilizada por outro técnico vitorioso e também campeão mundial, Tite, que hoje nos representa na Seleção Brasileira.
Crédito foto: Divulgação / Ag. Palmeiras / Cesar Greco
Isso mostra como os cartolas têm visto cada vez mais o quanto estudar e pensar “futebol” requer tempo, projetos e quase ciência. Autuori será um supervisor de outro provável futuro técnico vitorioso, ambos estudiosos. A química pode não dar certo agora, mas veremos nos próximos anos e como temos visto recentemente: os times que se planejam são os que têm se dado bem.
Isso pode ser positivo para os desenvolvimentos de base, de infraestrutura e produtividade. O Palmeiras e o Flamengo voltaram a engrenar quando colocaram alguém que entende de planejamento, produção e do próprio esporte para ser diretor, casos de Alexandre Mattos e Fernando Caetano. Acertaram, também, quando tiveram presidentes mais “administradores”, como Galiotte e Bandeira de Melo, do que apenas cartolas fanáticos e famosos por declarações polêmicas.
A diferença é que agora o diretor é um homem experiente e vitorioso da área que já foi técnico, o que deve favorecer muito o novo sistema de administração do clube e deverá forçar outros clubes a fazerem o mesmo. Autori, pela vivência, possuirá certas vantagens sob os outros diretores citados, mas como eu disse, não significa resultados tão imediatos.
De qualquer maneira, uma coisa nítida com essa atitude do Atlético Paranaense é de que o futebol brasileiro caminha para frente, deixando para trás o 7 a 1. E hoje o passo foi largo.
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