Crédito foto: Reprodução Facebook oficial do atleta
Nesta quinta-feira (21) começa uma série de matérias de conteúdo exclusivo do Esportudo.com, obtido no ''Evento de Boa Sorte'' da Petrobras, onde conversamos com quatro jovens promessas olímpicas, que são esperança de medalhas nos Jogos Olímpicos Rio 2016. O atleta de hoje tem apenas 18 anos, Marcus D'Almeida, fenômeno do tiro com arco brasileiro.
Ao que tudo indica, a vida conspirou de diversas formas para que Marcus conhecesse o tiro com arco e descobrisse o enorme talento no esporte. Logo aos três anos, o jovem morava com seus pais no Rio de Janeiro e viveu um terrível momento de tensão: sofreu um sequestro relâmpago quando estava no carro junto com seu pai, felizmente ninguém se feriu e momentos depois policiais conseguiram libertá-los em segurança, mas o ocorrido causou consequências graves no psicológico de seu pai, que começou a sofrer de síndrome do pânico, o que culminou na decisão da família de se mudar para uma cidade menor e mais calma e a escolhida foi Maricá; por coincidência, local que residia desde 2009 a Confederação Brasileira de Tiro com Arco (CBTARCO).
''Eu descobri o tiro com arco numa cidade em Maricá, onde é a sede da confederação, lá eu conheci o projeto Iniciar Jovens. Como a cidade é muito pequena, amigos começaram a praticar e comentavam na escola, aí eu comecei no esporte'', disse Marcus D'Almeida em entrevista ao Esportudo.com
No Iniciar Jovens, Marcus começou a criar suas raízes e iniciar sua caminhada no esporte, atrelado ao apoio total de seus pais que viam esperança de que ali o menino pudesse ter o sucesso que não conseguiu nos outros diversos esportes que tentou: capoeira, jiu-jitsu, natação, vela e remo.
Com muito talento e dedicação, Marcus teve sua primeira conquista e realização na carreira, a convocação para a Seleção Brasileira com apenas 14 anos. Ainda novo teve que enfrentar a difícil realidade de se mudar para Campinas e ficar longe de sua família e amigos, sofrendo com alguns momentos de incertezas e solidão, mas Marcus não desistiu, continuo mais do que nunca treinando forte e se empenhando, logo os frutos de seu trabalho duro começaram a surgir.
Crédito foto: Reprodução Facebook oficial do atleta
Muitas pessoas acabam não tendo ideia de quanto um atleta profissional treina e do apoio que ele precisa. Seja de profissionais e de estrutura para chegar ao posto de atleta olímpico. ''Meu treino em geral é de oito a nove horas por dia. De campo, que nos falamos, que é de tiro, seis horas por dia. E as outras três horas, são academia, mental, fisioterapia, massoterapia e alimentação'', explicou o jovem.
Marcus disputou a sua primeira competição internacional em 2013, na ocasião não obteve conquistas, porém, no ano seguinte depois da prata nos Jogos da Juventude de 2014, na China, ele alcançou o feito mais relevante da carreira: o vice-campeonato da Copa do Mundo de 2014, na Suíça. No ano seguinte, agora nos Estados Unidos, o jovem ganhou o ouro individual e o bronze por equipes no mundial júnior de tiro com arco.
Participou pela primeira vez dos jogos Pan-Americanos em 2015 e ganhou a medalha de bronze por equipes, ao lado de Daniel Xavier e Bernardo de Oliveira.
Em meio a tantos recordes e conquistas já alcançados, Marcus deseja mais nesses Jogos Olímpicos do Rio e vai em busca do ouro olímpico para o Brasil.
Crédito foto: Reprodução Facebook oficial do atleta
De Maricá, para o mundo. Marcus se tornou um fenômeno no esporte, ganhou até o apelido entre os brasileiros de ''Neymar do tiro com arco''. O jovem tem reais chances de medalha nas Olimpíadas e diferente de muitos competidores, o atleta está tranquilo para a disputa dos Jogos Olímpicos do Rio 2016.
Sobre a questão de participar dos Jogos Olímpicos em casa, o atleta fez questão de comentar uma situação de pai e filho. ''O que representa para mim, por exemplo, foi meu pai ter chegado no meu quarto e dizer: Você já está dentro, você realizou o sonho da minha vida. Depois disso nada é mais pressão, ouvir isso do seu pai, para mim foi uma realização'', comentou Marcus.
Marcus vê com bons olhos os Jogos Olímpicos no Rio e diz que aos poucos as confederações estão se empenhando em criar projetos melhores que deem mais estabilidade e amparo aos atletas que não possuem patrocínio. ''Você precisa chegar num nível muito alto para atrair um patrocinador, mas acho que isso está mudando um pouco, porque as confederações estão fazendo projetos melhores, facilitando a iniciação dos jovens e dando mais estabilidade para chegar no topo. Eu acho que a gente vê isso às vezes com as modalidades trocando de atleta muito rápido, porque tem sempre alguém muito forte correndo atrás'', afirmou o atleta.
Marcus também acredita que os jogos Rio 2016 ajudarão a popularizar mais os esportes que não são muito praticados ou conhecidos no país e em relação a infraestrutura, cita alguns locais que possam servir de Centros Olímpicos para o futuro. ''Acho que vai mudar para muitos esportes, lógico, medalha vai ajudar um pouco, mas nosso esporte já é no Sambódromo, já é um lugar famoso, então só de ser no Sambódromo já está ajudando. Temos o Parque Olímpico, vai ter o campo de tiro com arco lá e vai fazer diferença. Acho que o Brasil está entendendo que precisamos de um Centro Olímpico'', concluiu o atleta.
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