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É perceptível que se tornar um jogador de futebol é o sonho de muitos jovens. Muitos deles depositam toda a sua esperança de melhora de vida. Porém, nem todos conseguem realizá-lo, por uma série de fatores: desistência da profissão, competitividade, desejo da família ou distanciamento dela, brigas internas, entre outros. Sabe-se que são poucos os que obtêm êxito na profissão. A maioria acaba iludida com o sonho não realizado e desiste de seguir no caminho.
Vemos que o desempenho de alguns atletas que recém surgiram nos times profissionais pode variar por eles não estarem acostumados com a pressão da torcida, dos técnicos, dos pais e familiares, com questões técnicas, físicas e psicológicas. Mas, isso pode ser combatido se o jovem atleta tem uma equipe por trás dele que o apoia e faz com que essa transição entre base e profissional fique mais tranquila e o jogador não sinta tanta diferença neste começo.
Sabe-se que os jovens têm como espelho jogadores que brilham na Europa, como Messi, Cristiano Ronaldo, Rooney, Neymar, entre outros. Isso se torna um grande incentivo, inclusive nos treinamentos, onde os mesmos se puxam para aprender mais os fundamentos da profissão. Além disso, os clubes tentam dar uma boa estrutura para o atleta: alojamentos, bolsa-auxílio e treinamentos específicos.
Mas, como se percebe, são poucos os garotos que seguem na profissão. Igor Dahse, que tem 20 anos e que jogou na escolinha de futebol do Internacional durante oito anos e também dois meses nas categorias menores do clube, não seguiu carreira no esporte. Saiu de lá pelo dinheiro que deveria gastar para jogar alguns campeonatos, além de lesões e algumas discussões. Essa é também a realidade de muitos jogadores que abandonam o esporte por não ter condições de se manter jogando e os clubes não ajudarem suprindo todas as necessidades: “Foi muito legal porque, afinal, eram os melhores da tua categoria, e tu sentia que cada vez mais o teu sonho estava chegando perto”, contou Igor.
Além dele, outro que frequentou as categorias de base do Inter foi Wesley Bordin, natural de Bento Gonçalves e de 20 anos. Ele revela que resolveu jogar no clube não pelo desejo de se tornar jogador, mas por amor à camisa. Inclusive, chegou a passar num teste na escolinha do Grêmio, porém não quis adentrar pelo fato de torcer para o rival.
Wesley jogou um ano na base colorada e saiu por conta do distanciamento dos treinos, pois eram realizados em Alvorada e ele residia em Porto Alegre. Além disso, afirmou: “Minha família aproveitou a oportunidade e abriu um comércio aqui. Por ser novo e não ter muita estrutura, eu precisava ajudar meus pais, treinava, trabalhava e estudava. Comecei a deixar a escolinha de lado por falta de tempo, [...] então preferi estudar e ajudar minha família”.
Essa realidade de desistências é mais comum do que se imagina e os fatores são os mais diversos: o transporte até o local dos treinos, a moradia, a estrutura do clube, o desejo da família de outra profissão ou até mesmo a pressão que ela exerce, considerando o filho como a esperança de um futuro. Quem realmente quer ser jogador de futebol não pode desistir do seu sonho, apesar de todas as dificuldades citadas. E, principalmente, tem de estar sempre em busca de sua própria evolução, o que acontece por meio do treinamento e depende do esforço do atleta, além de ter um bom orientador.
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