Crédito foto: Reprodução Instagram oficial da entrevistada
É bem provável que se você é baixinho ou baixinha já deve ter se perguntado, por pelo menos uma vez, será que a minha altura me favorece e/ou desfavorece em alguns movimentos? Para sanar essa dúvida, entrevistei a atleta Luiza Dias, da ELO CrossFit, box localizado em Belo Horizonte, Minas Gerais.
Luiza Dias é referência no assunto. Tem apenas 1,51cm e é atleta da elite brasileira que representou o país recentemente no South Regional, competição classificatória para o tão sonhado CrossFit Games, disputada no Texas em maio.
Segundo a atleta brasileira, alguns especialistas dizem que ser baixinho favorece em alguns movimentos como arranco/snatch, um dos movimentos mais completos do Levantamento de Peso Olímpico e também segundo movimento mais técnico dentro das modalidades olímpicas, palavras de outro entrevistado nosso neste primeiro semestre e referência no assunto, Fernando Reis (se você não leu, clique aqui), mas a atleta brasileira não tem tanta certeza disso. ‘’Dizem que thruster, handstand push up e snatch, as pessoas mais baixas fazem melhor, mas não sei se isso é verdade’’, comenta a pequena Luiza.
Questionada se há lado negativo em ser baixo no CF ela foi concisa e objetiva. ‘’Sim! Principalmente no wall ball, remo e air bike. Esses exercícios favorecem as pessoas mais altas’’, diz Luiza.
Crédito foto: Reprodução Instagram oficial da entrevistada
Agora se olharmos para os principais atletas do CrossFit Games é notável que grandes nomes da marca não são tão altos como, por exemplo, Mathew Fraser (atual campeão) que tem 1,71 cm e Camille Leblanc (ganhou cinco vezes em sete regionais) tem apenas 1,57 cm. ‘’Além deles (atletas estrangeiros) terem muito mais tempo de treino que o Brasil tem de CF, acredito que no início eles tiveram muitas dificuldades com esses aparelhos e movimentos’’, comenta a atleta. Ela ainda complementa: ‘’A altura influencia sim, mas não justifica. Bora treinar que uma hora as dificuldades deixam de ser dificuldades e viram facilidades’’, ressalta a atleta.
A atleta relatou ao Esportudo.com que pratica CF há apenas três anos e que, assim como muitos outros atletas de alta performance, praticou várias modalidades antes de aderir ao CF, como Capoeira e Ginástica Artística e de Trampolim, esta última pela Seleção Brasileira. Luiza disse também que as brasileiras Antonelli Nicole e Anita Pravatti (atletas brazucas que também competiram no South Regional este ano) sempre serão suas inspirações dentro do CF. Agora, no lado estrangeiro, algumas referências são: Camile Leblanc, Samantha Briggs, Rich Froning, Sara Sigmundsdóttir, Katrin Tanja etc.
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