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Warriors? Cavs? Cinco razões para acreditar no Spurs na luta pelo anel

Written by Theo Certain | 1/mar/2017 21:00:00

Crédito foto: Getty Images

Não é mistério que na NBA - a maior liga do basquete americano -, os times mais badalados do momento estão em Cleveland e em Golden State. Muito se fala de Lebron e companhia, muito se fala de Curry e Durant. Os dois últimos contribuem para que o Golden State Warriors possua a melhor campanha da temporada regular, mesmo não sendo tão fantástica quanto em 2015/16, enquanto o time do Cleveland Cavaliers ocupa o topo da tabela do Leste, mas é dono apenas da quarta melhor campanha da liga. É sinal de que outros times vêm ganhando força durante a temporada, mesmo sem apostar em elencos tão recheados de estrelas.

Há 19 anos consecutivos disputando os playoffs da NBA, o San Antonio Spurs está firme na busca por mais um anel. O time de Gregg Popovich possuí a segunda melhor campanha da liga, e, com um esquema de jogo sólido e eficiente, merece total destaque depois de mais da metade da temporada completa. O Esportudo listou cinco razões que evidenciam o potencial da franquia na atual temporada:

1. Defesa

É a principal característica do time texano. Pregado por Poppovich há anos, o esquema defensivo do Spurs possibilita a jogadores sem tanto brilho ofensivo se destacarem da mesma forma. Danny Green é um exemplo perfeito disso, limitado a bolas de três pontos, mas titular absoluto na rotação. Sua dedicação defensiva é enorme, assim como a de jogadores que vêm do banco, como Patty Mills, J. Simmons e Dewayne Dedmon. Isso, sem citar as contribuições de Kawhi Leonard para o setor, melhor jogador de defesa da liga nas duas últimas temporadas e caminhando para a terceira conquista consecutiva. Mais uma vez, a equipe é dona da menor média de pontos sofridos da NBA, 101 por jogo, ainda que esse número seja superior a médias de temporadas anteriores.

2. Rotação

Não importa quem está em quadra, titulares ou reservas, o núcleo tático permanece intacto, a consistência é semelhante. Até jogadores que não entram todos os jogos, que jogam poucos minutos em média, quando entram, dão conta do recado e não alteram o jeito do Spurs jogar. Grande evidência disso foi o embate contra o Cavaliers, dia 21 de janeiro. Na ausência de Tony Parker, machucado, foi o calouro Dejounte Murray, de 20 anos, que começou jogando em Cleveland. O jovem armador contribuiu com 14 pontos e seis assistências, com 70% de aproveitamento nos chutes de quadra, na vitória por 118 a 115. O garoto, 29ª escolha no draft de 2016, não só mostrou personalidade e potencial, como estar preparado para corresponder quando for necessário. E não é o único do elenco que vem manifestando esse caráter.

3. Perímetro Afiado

Crédito foto: Getty Images

O time é dono do melhor aproveitamento em bolas de três pontos da liga. Por mais que a bola passe pelas mãos de Leonard e Aldridge frequentemente, por serem os maiores pontuadores da equipe, o ataque do Spurs se caracteriza pelo jogo coletivo. Não é um time que abusa dos chutes longos, como é o caso de Rockets e Warriors, mas a escolha pelo melhor arremesso lhe confere um jogo convincente, assim como o aproveitamento de 40% do perímetro. Seja no time titular, seja no banco, são muitos jogadores capazes de finalizar para três pontos, ainda mais quando livres e equilibrados, conforme o esquema pede.

4. Kawhi Leonard

Quem achava que San Antonio passaria por um recomeço, uma reestruturação após a aposentadoria de Tim Duncan, não contava com o crescimento avassalador de Kawhi Leonard nas últimas temporadas. Dono de um jogo de defesa incontestável, que já lhe garantiu por duas vezes o prêmio de melhor jogador defensivo da liga, o ala desenvolveu muito sua parte técnica e mental. Pontuando com mais consistência, reagiu bem ao aumento de responsabilidade sobre suas costas, manifestando isso em momentos decisivos. Abraçou o projeto de Poppovic, assumiu a condição de craque do time e, dono de uma média de quase 26 pontos por jogo, é novamente titular do Oeste no jogo das estrelas.

5. Gregg Popovich

Há 20 anos à frente do San Antonio Spurs, dono de cinco títulos da NBA, apalavrado com a USA Basketball para dirigir o Dream Team nos próximos anos, incluindo Mundial e Olimpíadas de 2020, o técnico vai comandando a equipe à disputa de mais um anel. Todas as características citadas nos tópicos anteriores têm o dedo de Popovich. Seja a defesa sólida, a rotação extremamente eficiente e regular, a construção de um time livre de egos, o trabalho coletivo, o destaque a jogadores limitados e sua integração ao esquema de jogo, tudo isso é fruto de seu conhecimento. Popovich é o grande ponto fora da curva de San Antonio, e não seria nenhum absurdo se, mesmo no dia em que sair do Spurs, sua filosofia continuasse a prevalecer por lá nos anos que se seguirem.

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