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Para o apaixonado por futebol, independente da idade ou time, nada é mais vibrante do que uma grande virada, seja aquele jogo fantástico visto no estádio, ou aquela reviravolta inesquecível acompanhada pela TV. Sendo assim, o Esportudo elaborou uma pequena retrospectiva para lembrar as dez viradas mais emocionantes do mundo da bola em 2017.A equipe chilena de Iquique enfrentava o venezuelano Zamora, em casa, com a ambição de uma vitória tranquila. Os venezuelanos, porém, surpreenderam e fizeram jogo duro. O Deportes Iquique até abriu o placar aos 11 do primeiro nos pés de Ramos, porém, com os gols de Clarke e Gallardo aos 4 e 19 do segundo tempo o time da Venezuela virou o placar. Os chilenos voltaram a empatar aos 36, com um tento de Caroca, mas o Zamora se colocou novamente à frente do placar com Uribe. Já estava nos acréscimos da etapa final quando a reação chilena começou. Caroca marcou o seu segundo gol no jogo em um empurra-empurra dentro da área e empatou a partida. No estouro do cronômetro, aos 49, Bielkiewecz fez o inimaginável, estufou o quarto gol do Iquique na rede do adversário e encaminhou a incrível vitória chilena.
Italianos e alemães disputavam a fase de 16 avos de final da Liga Europa quando uma surpreendente virada extasiou a torcida do Mönchengladbach. No jogo de ida da disputa o Borussia havia perdido em casa por 1 a 0. Na volta, em Florença, a Viola abriu de cara 2 a 0. Com 3 a 0 no agregado, parecia improvável, até para o alemão mais empolgado, um triunfo do Mönchengladbach. Foi aí, então, que o atacante Lars Stindl entrou em ação, com um gol no último minuto da primeira etapa e mais dois no começo da segunda, Stindl comandou a improvável virada alvinegra. Ainda deu tempo, aos 15 do segundo, para Christensen marcar o quarto, coroando o triunfo histórico.
A disputada fase prévia da Copa Libertadores colocou, frente a frente, na segunda fase, as equipes peruana e paraguaia. A promessa de forte disputa, porém, parecia ter se dissolvido depois da dura derrota por 3 a 1 sofrida pelo Capiatá em casa. No segundo jogo, marcado para Lima, esperava-se do Deportivo apenas uma partida digna que não lhe resultasse em uma goleada no agregado. Porém, o jogo no Estádio Monumental U não foi nada disso. Um inesperado domínio do Capiatá resultou em um triunfo por 3 a 0 do time paraguaio em terras adversárias. Os gols, marcados por Gamarra, aos 14 e 35 do primeiro tempo e Pérez aos 22 do segundo, alcançaram o inesperado: colocar o novo clube, que só tem nove anos, na terceira fase da pré-Libertadores.
O jogo era válido pela sexta rodada das eliminatórias europeias para a copa da Rússia de 2018 e colocava frente a frente o primeiro e o segundo colocados do Grupo A. O palco era a Friends Arena em Solna, Suécia. A França abriu o placar no primeiro tempo, com Giroud. Já no fim da primeira etapa os suecos deixaram tudo igual com Durmaz. O improvável, porém, se deu aos 48 da etapa final quando o goleiro francês, Lloris, se precipitou ao sair do gol e dar um toque fraco em direção ao meio campo. Toivonen não perdoou. O sueco soltou um canhão de primeira do meio campo e virou o jogo. Com a vitória heróica a Suécia chegou a primeira colocação do grupo com 13 pontos.
O que esperar de um time que vai para o intervalo perdendo, fora de casa, por 2 a 0 e ainda com um jogador a menos? A partida válida pela 18º rodada do Campeonato Argentino da temporada 2016/17 apontava para uma vitória tranquila do mandante, comandada pelo goleador Federico Andrada. Mas, foi na segunda parte da peleja que "La Academia", como o Racing é chamado por seus "hinchas", reagiu. Mesmo sem Alvarez desde os 40 minutos do primeiro tempo, o time de Avellaneda marcou aos 5, 15 e 40 com Bou, Martínez e Cuadra para selar uma improvável virada.
A vitória contribuiu para uma ascensão do Racing, que terminou o campeonato na quarta posição, garantindo vaga direta para a próxima edição da Copa Libertadores.
Nuevo Gasometro, Buenos Aires, Argentina. Em campos porteños caberia ao Flamengo a tarefa de carimbar sua classificação para as oitavas de final da atual edição da Copa Libertadores. Do outro lado, porém, encontraria um "Ciclón" louco para repetir a façanha de 2014 - quando foi da classificação em casa na última rodada ao título. Logo aos 13 do primeiro tempo, para delírio da nação rubro negra, Rodinei arrematou de fora da área e estufou as redes adversarias. 1a 0 Flamengo. Mesmo com o empate, que veio aos pés de Angeleri, aos 30 do segundo tempo, o Flamengo ainda se classificava. Foi então, no sufoco, na pressão, na raça, que aos 46 minutos e meio Belluschi fez o gol milagroso. Além de eliminar o time carioca, o gol colocou a equipe do Papa no mata-mata do torneio Sul-Americano.
Uma série de fatores contribuía para que a primeira participação da Chape na Libertadores terminasse mal. Depois de ter sua heroica vitória contra o Lanús fora de casa anulada devido a uma escalação irregular, a Chapecoense entrava em campo pela última rodada da fase de grupos sem chances reais de se classificar para as oitavas de final da competição. Além disso, a forte tempestade que caía em Chapecó afastou os torcedores, que nos outros dois jogos haviam lotado a Arena Condá. O clima morno, recheado de abatimento piorou ainda mais após o fraco time do Zulia abrir o placar aos 30 do primeiro tempo. A Chape tentava, tentava, mas a bola não entrava. Depois de um segundo tempo inteiro de pressão, com três bolas na trave, duas grandes defesas do goleiro da equipe venezuelana a Chape conseguiu chegar ao gol de empate aos dramáticos 45 do segundo tempo nos pés de Arthur Caike. Dada às circunstâncias, o tento equalizador já era muito comemorado, mas foi apenas um minuto depois, aos 46, que Andrei Girotto fez o inimaginável.
Um gol de raça, de sorte, de coração. Um gol que selou de maneira heroica a participação da Chape no torneio e ainda lhe garantiu uma vaga na disputa da Sul-Americana, onde defenderá seu titulo.
Uma semana após a vitória por 3 a 2 conquistada no último lance em um Allianz Parque alucinado, o Palmeiras viajava para Montevideo atrás de mais três pontos na disputa da fase de grupos da Copa Libertadores de 2017. O clima era dos mais perigosos, depois de um claro desentendimento no final do jogo em São Paulo, o Peñarol prometia vender caro, e violentamente, uma derrota em seus domínios. Quando a bola rolou, porém, o 2 a 0 construído com os gols de Affonso e Junior Arias, aliados a um Campeón del Siglo lotado, davam uma vantagem considerável aos pentacampeões sul-americanos. Foi aí que o caro e habilidoso elencou palmeirense começou a jogar. E muito. Logo aos três do segundo veio o desconto, com Willian, já aos 17 uma cabeçada certeira de Mina empatou o jogo. Não satisfeito, o time palestrino continuou pressionando o adversário, até chegar à virada aos 27 com Willian, de novo. A pancadaria covarde iniciada pelo Peñarol no final do jogo não alterou os três pontos conquistados pelos paulistas, que seguiram rumo ao primeiro lugar do Grupo 5.
Há de se considerar que o jogo não valia tanta coisa, era a penúltima rodada do Campeonato Alemão da temporada 2016/17 que já estava decidido faz tempo. O Bayern, como de costume, já era o campeão. Porém, o feito do time de Munique não pôde passar despercebido. Restando apenas seis minutos para o término do tempo regulamentar, o Bayern perdia por 4 a 2, e detalhe, o jogo era em Leipzig, onde o time local havia perdido apenas duas partidas na temporada. Foi então que a incrível reação aconteceu. Aos 39, Lewandowski fez o terceiro gol dos bávaros, já aos 45, em perfeita cobrança de falta, Alaba deixou tudo igual. 4 a 4. Por fim, aos dramáticos 49 minutos, Robben fez chover. O holandês pegou a bola perto do meio campo e foi levando, foi levando, até que chegou na área, onde aplicou um lindo corte no defensor adversário e arrematou sem chances para o goleiro. Golaço. 5 a 4 para o Bayern, provando que nem já campeão o time de Ancelotti tira o pé.
O primeiro lugar do nosso ranking não se trata de uma virada nos 90 minutos, mas sim de uma reviravolta histórica em 180. Uma semana depois do acachapante 4 a 0 sofrido em Paris, o Barça recebia o PSG com 1% de chance de classificação às quartas-de-final da Champions. Os culés começaram bem o jogo, pressionando, e marcando 2 a 0 no primeiro tempo com gols de Suárez e Kurzawa contra. No começo do segundo tempo, Messi fez 3 a 0 de pênalti. O 1% de chance do Barça, porém, caiu para muito menos quando Cavani descontou para os franceses. Com o 3 a 1, os blaugranas se viam obrigados a marcar três gols em 28 minutos para se classificar, tarefa que parecia um tanto quanto impossível naquela altura do jogo. O impossível, porém, aconteceu. Neymar, que tentava, tentava, mas não acertava, até então, passou a fazer a diferença.
Com um golaço de falta aos 43 e outro de pênalti aos 46 o brasileiro voltou a tornar a classificação do Barça possível. E foi também dos pés dele, Neymar, que saiu o cruzamento milagroso que encontrou a cabeça de Sergi Roberto aos 50 minutos e fez o impossível se tornar real. 6 a 1. Um placar mágico, de uma jornada mais que improvável, e que garantiu aos blaugranas a oportunidade de seguir e disputar as quarta-de-final da Champions League.
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