O tênis de mesa – diferente do ping e pong – é uma modalidade olímpica desde os jogos de Seul em 1988. Além disso, é um dos esportes olímpicos e paraolímpicos mais praticados no Brasil, reveleu os dados da CBTM (Confederação Brasileira de Tênis de Mesa). E dentre todos os esportes praticados no país, o que mais se destaca na questão de igualdade gênero.
A sua criação é um pouco incerta, alguns afirmam ter começado na China, outros dizem sobre os ingleses que não podiam jogar Wimbledon quando chovia e resolveram usar uma mesa criando raquetes menores, para ambientes fechados.
A foto acima é uma representação dos nobres europeu praticando esse esporte. Essa modalidade esportiva tem forte aderência na Europa, países como Alemanha, França e Suécia são potências mundiais, assim como os asiáticos, que são os melhores do mundo atualmente e recordistas de medalhas olímpicas, nas categorias feminina e masculina.
O nível de treinamento é tão intenso que a própria confederação internacional da modalidade já estuda a possibilidade de haver competições mistas.
Você provavelmente já deve ter jogado alguma vez na vida, certo? Agora pense: existe outro esporte mais justo do que esse? Você pode ser mulher e competir com um homem ou contra ele, ganhando ou perdendo não haverá confusões relacionadas ao gênero (na maioria dos casos).
Essa é uma ocasião comum, segundo a mesa-tenista Lígia Silva que disputou três jogos olímpicos – 2000, 2004 e 2012 – ela afirma em entrevista coletiva no Sindi-Clube que não há disparidade no jogo profissional, ambos são muito intensos a ponto de jogos serem decididos por muita técnica.
Lígia Silva tem uma historia incomum de como começou a praticar essa modalide. Quando ela era mais jovem vivia em Manaus-AM e queria praticar algum esporte, seja qual fosse. Havia em sua cidade um clube em que a menina pulava o muro só para passar o tempo com alguma modalidade, até que foi pega.
A condição foi, para frequentar o clube era necessária a inscrição para alguma modalidade oferecida no local, grande parte estava ocupada, sobrou o tênis de mesa, mal sabia o que viria pela frente.
Praticando diariamente o esporte, a garota ganhou gosto pela modalidade e fez dele sua profissão; meio sem querer, mas se entregou a dedicação e se tornou uma das melhores do país disputando três jogos olímpicos, além da recente medalha de prata nos jogos Pan-Americanos de Toronto em 2015.
Questionada se já sofreu algum preconceito em sua carreira por ser mulher numa sociedade tão machista: “Não sofri preconceito, até quando fui treinar na China, não houve brincadeiras a parte, não houve menosprezo nem pelo lado das mulheres chinesas”, afirmou a atleta.
“O tênis de mesa também é um esporte individual. Não importa se é um homem contra uma mulher, o jogo é o mesmo. Não muda a velocidade e as rotinas de treino são as mesmas'', disse Lígia. Para concluir, a atleta afirmou que o esporte é muito horizontal e isso ajuda a atrair novos adeptos cada vez mais.
Vale dizer que a atleta tem um curriculo importante no esporte e já está classificada para os Jogos do Rio 2016.
Quantos esportes não viram notícia por conta do menosprezo social e de gênero, centenas. Já essa modalidade atrai por ser de verdade um difusor da paz social. Quem o pratica é mais atencioso, ou você acredita que aquele olhar para a bolinha é à toa?
Atualmente, Hugo Calderano, o melhor brasileiro da modalidade, tem apenas 19 anos e treina na Alemanha. O jovem fala mais de três idiomas.
Quer ser mais paciente? Respeitar a todos como realmente são e não pelo que tem? Percebeu que o preconceito não leva nada? Praticar esta modalide pode te levar a refletir sobre essas questões, assim como aderi-las à sua vida.
Um esporte em que mulheres e homens competem em mesmo nível; que pena que a sociedade ainda não é assim. Devemos aprender mais com o esporte. O que você acha mais fácil, jogar futebol ou tênis de mesa? Comente!
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