Crédito: Rubens Chiri | Divulgação oficial do clube
E quem pensou que a dança das cadeiras dos técnicos no São Paulo ia acabar, pelo menos esse ano, enganou-se. Demitido na última quarta-feira (23/11), após um treino de um coletivo, Ricardo Gomes não aguentou a pressão da torcida e teve que se levantar de sua cadeira. O presidente Leco, que já tinha garantido o técnico no comando do clube durante o ano de 2017, mas voltou atrás e concluiu a demissão de Ricardo Gomes, que não tinha boa aceitação com a torcida.
Recém-aposentado, Rogério Ceni tornou-se o grande nome para ocupar a posição de treinador do clube. Apalavrado com a diretoria Tricolor, apenas detalhes finais separavam o clube de ter seu ídolo da eterna camisa 01 como novo técnico, e o contrato, com prazo de dois anos, foi efetivamente assinado nesta quinta-feira (24/11). Mas será que essa é a melhor opção para o momento? Será que Rogério está pronto para encarar esse desafio? A equipe do Esportudo.com avaliou os pontos negativos dessa contratação e os elenca na lista abaixo:
1. Pressão
Crédito foto: Getty Images
Não é de hoje que a torcida são-paulina exige muito dos treinadores que passam pelo clube. Há quatro anos sem conquistar um título – sendo o último a Copa Sul-Americana de 2012 – a torcida não quer técnicos fracos para o Tricolor e não consegue mais suportar esse jejum. Depois de um ano desastroso, que quase culminou com o rebaixamento do time para a Série B do Campeonato Brasileiro, a chegada precoce de Rogério Ceni como treinador pode acarretar em mais pressão do que normalmente ocorre. Por ser ídolo eterno do clube, ter conquistado diversos títulos como capitão e ser símbolo de liderança, a expectativa sobre Ceni pode prejudicar seu desempenho.
É evidente que Rogério tem uma carreira brilhante como goleiro, mas a posição de técnico é algo novo em sua vida. Apesar de ter passado um tempo estudando e buscando mais conhecimento com profissionais como Jürgen Klopp e Jorge Sampaoli, o ex-goleiro não possui experiência alguma como treinador e uma carreira iniciada do zero pode levar algum tempo para colher frutos.
Há um tempo, a política interna do clube passa por problemas. Acusado de corrupção, Carlos Miguel Aidar, ex-presidente do clube, renunciou de sua posição em 2015 e foi afastado do Conselho Deliberativo do Tricolor em 2016. Presidente até abril de 2017, quando novas eleições ocorrerão, já sob o Novo Estatuto Social, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, pode querer usufruir da boa imagem do ex-goleiro para amenizar a situação com a torcida, deixando um clima bom para o fim da sua gestão.
Eterno ídolo do Tricolor, Rogério Ceni, durante seus 25 anos de carreira, disputou 1.237 partidas com a camisa do São Paulo, obteve 648 vitórias, 275 empates e 314 derrotas, o que acarretou em um aproveitamento de 59,80% dos pontos disputados. Além disso, marcou 131 gols em sua trajetória pelos campos, sendo 61 de falta, 69 de pênalti e um considerado como bola rolando. Sua idolatria, porém, pode ser confundida com sinônimo de sucesso, até mesmo na posição de técnico, que nunca ocupou.
Crédito foto: Rubens Chiri/saopaulofc.net
Após de todos os motivos listados, o momento pode não ser o melhor para Rogério assumir a posição de treinador. A enorme pressão sobre ele pode acarretar em resultados negativos, não só para o clube, como também para sua carreira profissional.
E você? Concorda com Rogério Ceni sendo o novo treinador do São Paulo ou não? Deixe sua opinião nos comentários e não deixe de conferir, também, os motivos para Rogério ser um bom treinador no clube.
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