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Revelação das areias, Guto Carvalhães fala em exclusiva sobre parceria

Written by Alexandre Muller | 17/abr/2017 15:02:00

Crédito foto: Reprodução / Facebook oficial do atleta

Carioca, nascido em 1993, Guto Carvalhães é um dos grandes nomes na revelação do vôlei de praia brasileiro. O atleta concedeu ao Esportudo uma entrevista exclusiva na qual fala sobre suas conquistas, sua nova parceria e, sem titubear, no seu maior sonho.

Vice-campeão do Circuito Banco do Brasil na temporada 2015/16, Guto também é conhecido por ter sagrado Campeão Mundial Sub21 em Umag, na Croácia, em 2013. Eleito por duas vezes atleta revelação do Circuito Banco do Brasil (2012/13 e 2013/14) o jovem de 1,86 vem se destacando no cenário do esporte. 

Principais conquistas:

2016 - Campeão Circuito Mundial - Etapa Cincinnati/EUA

2016 - Campeão Sul-Americano - Etapa Argentina

2016 - 2° colocado Circuito Mundial - Etapa Klagenfurt/Áustria

2016 - colocado Circuito Mundial - Etapa Olsztyn/Polônia

2016 - colocado Circuito Mundial - Etapa Maceió/Brasília

2015 - Campeão Circuito Banco do Brasil Open - Etapa Brasília/DF

2014 - 3° colocado no Mundial Sub23 na Polônia

2014 - Campeão do Circuito Sul-Americano - Etapa Brasil

2013 - Campeão Mundial Sub21- Umag, Croácia

Crédito foto: Reprodução / Facebook oficial do atleta

Gostaria que você contasse um pouco do inicio da sua carreira, antes do momento em que você se firmou mesmo na categoria adulta. 

A verdade é que jogo vôlei desde que me entendo por gente (risos). Começei com cinco anos na escolinha do meu pai. Com 11 anos surgiu o interesse pela modalidade de quadra e entrei na equipe do Flamengo. Fiquei nessa loucura entre quadra e praia até os 17 anos. Até que não dava mais para conciliar as duas modalidades. Foi aí que optei por ficar na praia.

Quais foram os momentos mais marcantes para você neste esporte até agora ? Uma vitória e uma derrota, por exemplo.

Vitória, sem dúvida nenhuma, foi o Campeonato Mundial Sub21 em Umag na Croácia em 2013. Derrota, por enquanto, não tive nenhuma tão marcante. Não que não tenha perdido jogos importantes, muito pelo contrário. Mas acredito que essa questão de uma derrota marcar a vida de um atleta depende mais da forma como ela é internalizada do que pela derrota propriamente dita. Prefiro enxergá-las como uma oportunidade de crescimento...talvez por isso não tenho nenhuma que me marcou significativamente.

Crédito foto: Reprodução / Facebook oficial do atleta

Qual técnico ou personalidade de vôlei mais te inspira e por qual motivo?

Bernardinho. Por tudo que ele representa para o esporte brasileiro. Pela sua liderança, a forma de gerir a equipe. Acredito que ele é o grande responsável por todo sucesso do nosso esporte. Sem um grande líder, uma pessoa que te inspire diariamente a ser melhor, por mais talento que você tenha, as conquistas não são possíveis. Gosto muito de uma frase dele: “A vontade de se preparar tem que ser maior do que a vontade de vencer. Vencer será consequência da boa preparação.” E é exatamente isso. Vencemos diariamente quando nos superamos, quando nos preparamos bem. A vitória em uma competição é só consequência de tudo isso.

O que você achou das duplas brasileiras na Olimpíada ? As caracteristicas de cada dupla. Uma delas virou campeã olímpica, isso te inspira, te motiva ? E a outra dupla acabou ficando pelo caminho perdendo, o que você acha que eles podiam ter feito de diferente? Você acha que o revezamento de frente fundo que os dois faziam atrapalhou ?

É muito difícil falar sobre outro time, sem participar dele, vivenciar rotina, treinamento, psicológico. Tem muita coisa envolvida, ainda mais em uma Olimpíada. O que posso te afirmar com toda certeza foi de que as quatro duplas deram o seu melhor pelo Brasil. Trouxemos duas medalhas, uma no feminino e outra no masculino, o que foi um resultado muito positivo e que com certeza inspira as novas gerações. Sobre a dupla que ficou no meio do caminho, o Pedro e o Evandro, como disse anteriormente, não posso falar sobre o que poderiam ter feito diferente ou o que atrapalhou. Não se resume a apenas um jogo ou a uma competição, mas sim a toda uma preparação.

Qual é a sua perspectiva agora com a nova dupla (Pedro Solberg)? Como foi que ela se formou e quais são as principais metas? 

As expectativas sempre são as melhores possíveis. O Pedro é um grande jogador, um bloqueador nato e estou muito animado com a nossa dupla e o time que formamos. Tudo aconteceu muito rápido, estamos só há quatro meses juntos, mas já conquistamos duas etapas do Circuito Brasileiro e estivemos em todas as semifinais. Os resultados com certeza nos motivam, mas temos plena ciência de que a preparação é a parte mais importante. Esse ano o nosso grande foco é a Copa do Mundo em julho, em Viena, mas sem deixar de lado as etapas do Circuito Mundial e do Circuito Brasileiro.

Qual é o seu maior sonho?

Ser campeão olímpico!

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