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O futebol brasileiro é reconhecido por ter ganhado cinco copas do mundo, a primeira na Suécia em 1958. É nesse país da escandinava, norte da Europa, que joga no modesto Kalmar o meia Romário, nordestino que falou com exclusividade ao Esportudo.
O Brasil não é o principal exportador apenas de alimentos e minerais a diversos países, e sim também de atletas. Um destes países, a Suécia. Conheça a história de Romário Pereira Sipião, 31 anos, que joga no país a sete temporadas e nos conta como foi sua jornada na Europa.
Crédito foto: Arquivo pessoal do atleta
Sua carreira, como o próprio meia explica, “foi muito rápida”. Em 2008, quando atuou no Imperatriz do estado do Maranhão, sua terra natal, disputou a Copa do Brasil, torneio que dá visibilidade à profissionais de serem conhecidos nacionalmente.
No ano seguinte, 2009, foi emprestado ao JV Lideral sendo campeão maranhense, o estopim para uma carreira promissora.
Crédito foto: Arquivo pessoal do atleta
Em junho do mesmo ano, Romarinho foi fazer testes durante 15 dias na Suécia e passou. Nordestino acostumado com o forte calor do Maranhão, já deve se supor qual foi uma das dificuldades: o frio.
“Minha ida para a Suécia foi através de um senhor chamado Donald, sueco, que mora em Fortaleza, Ceará. Têm muitos brasileiros que jogaram na Suécia, quase todos foram para la através dele”, comenta Romário.
“É um país muito diferente do nosso, em todos os sentidos. O idioma, a comida e a forma de jogarem, creio que foram as maiores dificuldades no começo”, conta, hoje já adaptado. “Minha esposa e filho só foram para la depois de um mês, quando já estava tudo resolvido sobre contrato, pagamento e tudo (apartamento)”, completa.
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“Era um sonho sim, desde os meus 11 anos, todas ás vezes que ia dormir, pedia a Deus: 'Quero ser jogador de futebol'. Entretanto, queria jogar na Europa, pois enquanto assistia aos jogos me despertava a vontade e esse sonho hoje, graças a Deus, tornou-se realidade.”
Além de sonho, a parte financeira contou para a decisão do meia.
“Financeiro na Europa é muito bom. Contudo, na Suécia eles pagam um valor normal, não muito dinheiro”, afirma o jogador, tirando aquele mito do profissional milionário . “Aqui não é como em outros países que pagam muito dinheiro. Mais por outro lado, é um lugar muito bom para os meus filhos e uma liga boa de se jogar”, finaliza.
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Romário foi jogar no Kalmar em 2013, clube que hoje vê seu esforço render. Na equipe, encontrou atletas da mesma naconalidade que a sua, como o ídolo da equipe César Santin —atacante que também teve boa passagem na Dinamarca —, além de Ismael, companheiro já ha três anos na mesma equipe.
“No Brasil jogava de uma forma, lá joguei em várias posições. Em sete temporadas lá, essa foi minha melhor, fiz oito gols e dei quatro assistências. Mais só esse ano joguei em minha posição, meia-atacante”, afirma o profissional.
Sobre continuar no país, ele disse: “todo jogador sonha em jogar em uma liga melhor e eu não sou diferente. Por exemplo, jogar na Itália ou Espanha”, revela o atleta. ”Tenho mais três anos de contrato com o Kalmar, mais se surgir uma oportunidade em outro país, iria sim tentar novas aventuras. Sonho que Deus vai abrir outras portas”, finaliza Romário.
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“Para mim, esta modalidade no Brasil é uma das mais disputadas do mundo, com bons times. Acho que o calendário do Brasil é muito pesado e acho que eles deveriam usar o mesmo da Europa”, palpita o maranhense.
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“Tenho fé em tudo que vou fazer e em todas as áreas de minha vida pessoal eu procuro direcionamento de Deus. Ele é minha fortaleza, mesmo nos momentos mais difíceis, e Ele provou que está comigo", finalizou Romarinho.
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