Crédito foto: Divulgação
Neste final de semana, o brasileiro Oscar Schmidt jogará pela primeira vez na NBA. O cestinha, um dos ídolos deste esporte, foi convidado, em forma de homenagem, à participar do tradicional jogo das estrelas em New Orleans.
Mas qual o motivo de tantas homenagens? Poderíamos enumerar infinitos e incríveis recordes, realizações e adjetivos para justificar a grandiosidade de Oscar. Mas o Esportudo selecionou três- número de pontos ao fazer uma cesta de fora do garrafão, uma das especialidades de Oscar - fatos que você precisa saber sobre o maior cestinha de todos os tempos.
3. Ele é patriota
Faz sentido o maior pontuador da história do basquete nunca ter jogado na NBA, a maior liga do esporte? Faz sim. Em 1984, Oscar foi draftado pelo New Jersey Nets (atual Brooklyn Nets). Vale lembrar que Michael Jordan foi escolhido pelo Chicago Bulls neste mesmo draft. Seria o primeiro brasileiro a jogar na liga, seria um sonho realizado para qualquer atleta. Mas, Oscar recusou. Recusou por diversos motivos: salário muito abaixo do que ganhava na Europa na mesma época, necessidade de mudança em seu estilo de jogo para adaptar-se à liga, as intensas mudanças de cidade durante a temporada e o status de estrela que Oscar nunca foi à favor. Mas, de tantas cláusulas e questões impostas pela liga, uma foi unânime para a decisão de recusa do brasileiro. Por ser uma liga profissional, era proibido que os seus atletas disputassem competições amadoras, como os Jogos Olímpicos. Ou seja, se Oscar aceitasse a proposta do Nets, teria que deixar a Seleção Brasileira de lado. Ato impossível para o maior nome do basquete nacional. Portanto, ele decidiu ficar. Ficou e fez história com a camisa 14 amarelinha.
2. Ele é recordista
Crédito foto: Reprodução / Site oficial liga americana
Oscar ocupa um lugar privilegiado no mundo dos esportes. Foi no basquete em que ele conquistou o apelido de Mão Santa. Simplesmente por ter se tornado o maior pontuador de todos os tempos, o maior cestinha do Campeonato Brasileiro e das Olimpíadas. Foi o maior também em uma partida de Jogos Olímpicos ao assinalar 55 pontos contra a Espanha, em Seul. Não por acaso, nesta mesma edição, o ala obteve a impressionante média de 42,3 pontos por jogo - foram 49.737 ao longo dos 32 anos que viveu nas quadras. Oscar é avesso ao apelido, para ele o certo seria Mão Treinada. Ele garante que não há como treinar mais do que ele, eram 1.000 arremessos por dia durante toda a sua vida de atleta e só terminava a série quando acertava 20 chutes de três, consecutivos. Com a inconfundível camisa número 14 - inclusive foi a que recebeu do Brooklyn Nets como homenagem - Oscar foi tricampeão Mundial de Clubes e campeão Sul-americano.
Separamos mais alguns recordes desta imensa lista:
- Mais vezes cestinha em olimpíadas: três
- 2º jogador que mais vezes vestiu a camisa da Seleção Brasileira em Campeonatos Mundiais: 33
- Mais pontos totais em Campeonatos Mundiais: 893
- Maior cestinha da Seleção Brasileira: 7.693
1. Ele é ídolo
Crédito foto: Divulgação / Brooklyn Nets
Não só ídolo de nós brasileiros e de quem também sonha um dia ser jogador de basquete. Ele é ídolo de quem já é referência no esporte, como Kobe Bryant. É isso mesmo. Oscar Schmidt é inspiração para o Black Mamba, que desde criança acompanhou a carreira do brasileiro junto ao pai. Tanto que, além da genialidade, os dois têm outra coisa em comum: a paixão pelo treino. Kobe assume que aprendeu a se dedicar e a querer chegar sempre ao seu máximo com a determinação de Oscar. Já pensou os dois jogando juntos?
Assim que encerrou sua carreira nas quadras, começou uma nova. Oscar tornou-se referência para as crianças e grandes marcas ao inspirá-las com palestras motivacionais e projetos de incentivo ao esporte. Trabalhando nos seus arquivos, montou uma palestra motivacional em 12 versões diferentes que já ministrou mais de 800 vezes: “Trajetória”, “Obstinação”, “Liderança”, “Desafios”, “Oscar e Marcel”, “Lições de Vida”, “Dormindo com a bola”, “Comprometimento”, “Time”, “Brasil – USA”, “Trabalho em Equipe” e “Inovação”, onde conta sua experiência de jogador e de grupo.
Recentemente, Oscar foi diagnosticado com um câncer sem cura. Mas isso não o desmotivou e muito menos o abalou. O Mão Santa garante que o novo desafio diário, e que será pelo resto de sua vida, o tornou uma pessoa mais feliz, com mais vontade e motivos para aproveitar a vida. Lema que todos nós devemos levar para os nossos dias: não há batalha que não possamos vencer.
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