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Todo jogo do Palmeiras é a mesma coisa. Aquele sofrimento todo, sem necessidade, e o torcedor alviverde fica agonizado do início ao fim. Mas no fundo, ele sabe que o time tem reais condições de reverter qualquer placar adverso, como já demonstrou isso em várias oportunidades. Mas, afinal de contas, o clube e a torcida precisam passar por tudo isso? Talvez.
Não sou técnico de futebol e nem PhD em esquema tático, mas está nítido que falta padrão de jogo neste time. É indiscutível também a qualidade do grupo palmeirense. Mas o que está realmente faltando é saber encaixar as peças do quebra-cabeça chamado Palmeiras. Tarefa fácil? Na teoria parece, todavia, um quebra-cabeça requer paciência, estratégia e tempo.
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Não. Eu não estou aqui para crucificar Eduardo Baptista. Pelo contrário, ele mostrou que tem peito, principalmente após sua polêmica coletiva no Uruguai. Mas está nítido que ele não está sabendo lidar com tantas opções. Até pouco tempo atrás, o que mais se reclamava no clube era a falta de opções com qualidade. Hoje, a abundância atrapalha o técnico.
Eduardo nunca teve um time de galácticos em mãos. Sempre foi técnico de clubes pequenos, exceto Sport e Fluminense. Foi mandado embora do clube carioca com apenas 26 jogos e com um aproveitamento de 37,2% dos pontos disputados. Olhando apenas os números, é justificável, mas o tempo de trabalho não. No Sport, quando ele teve tempo, soube montar um time compacto e estratégico. Saiu do clube pernambucano com três títulos e com mais da metade dos pontos disputados, sendo mais preciso com 52,5%.
Dirigir o Palmeiras sempre foi um tremendo quebra-cabeça para qualquer treinador, principalmente após a Era Parmalat. E não, Eduardo não tem totalmente culpa no cartório, afinal de contas, ele dirigiu o clube até aqui em apenas 23 oportunidades, destas ganhou 14 jogos, empatou quatro e perdeu cinco, ou seja, tem um aproveitamento de 66,6% dos pontos disputados – e você persiste em reclamar do cara em suas redes sociais, calma chefe!
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Pedir a cabeça do treinador, pelo menos agora, não faz sentido. Vale dizer que a média de troca de técnico no Brasil fica em torno de cinco meses, o que já é um absurdo. Eduardo tem apenas três de casa. Merece mais respeito. A torcida precisa dar mais tempo e ter mais paciência com o técnico do Palmeiras. Só jogando junto com o treinador e time que as coisas vão se acertar de vez.
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