Crédito foto: Divulgação oficial da franquia
Outubro definitivamente foi um mês especial para Anderson Silva por se tratar do décimo aniversário da conquista do cinturão dos pesos médios do UFC. Se hoje o Spider vive um momento de incertezas dentro do octógono após duas derrotas consecutivas e declarações de que se sente desvalorizado pela organização e pelo presidente Dana White, durante muitos anos ele foi o principal nome da franquia e segue ainda como o maior lutador brasileiro de MMA de todos os tempos.
Para comemorar a data, a equipe do Esportudo.com listou seis lutas de Anderson Silva que marcaram o octógono do UFC, confira:
A estreia do Spider na maior organização mundial de MMA não poderia ter sido melhor. Ainda desconhecido da maioria do público norte-americano, a expectativa era de um duelo equilibrado pois seu adversário, Chris Leben, vinha de uma sequência invicta de seis lutas, sendo cinco delas pelo Ultimate Fighting Championship. Anderson precisou apenas de 49 segundos para nocautear seu adversário com uma joelhada fulminante após uma belíssima sequência de golpes. O impacto de sua estreia, já aos 31 anos, foi tão grande que a organização realizou uma enquete em seu site para decidir qual seria o próximo adversário de Silva e o público escolheu Rich Franklin, o então campeão dos pesos médios, para enfrentá-lo.
Em um evento histórico, o Brasil voltou a sediar o UFC após quase 13 anos e não poderia ser outro lutador a fazer a principal luta da noite. A vítima da vez foi o japonês Yushin Okami, que veio com boas credenciais por possuir um bom cartel na organização (10-2) e também pelo fato de ter sido o último adversário a vencer Anderson, em uma desqualificação polêmica por um chute ilegal, ainda em 2006.
Após um primeiro round vencido por Anderson, Okami voltou para o segundo round completamente amedrontado pela atmosfera criada na HSBC Arena no Rio de Janeiro e também pela postura mais ofensiva adotada pelo brasileiro, que conseguiu o nocaute após levar o adversário ao chão com um potente cruzado de direita e finalizar o combate com golpes no ground and pound.
Após a aquisição do lendário Pride FC pela organização de Dana White e dos irmãos Fertitta, a maioria dos lutadores do extinto evento japonês migraram ao Ultimate Fighting Championship e Dan Henderson, que detinha o cinturão dos pesos meio médio e médio do Pride, subiu ao octógono para enfrentar Anderson Silva em uma luta que serviria para unificar o título de campeão mundial do UFC. A luta teve um início estudado, mas foi Henderson quem levou a melhor no primeiro round ao dominar o Spider na luta de solo.
Já o segundo assalto foi amplamente controlado por Anderson, que levou o americano ao chão com belos golpes e após bom trabalho de grappling, mostrou o valor de sua faixa preta de jiu-jitsu com uma finalização por mata-leão a 10 segundos do fim do round.
Após Dana White determinar que Silva deveria lutar na categoria acima da sua, pelo fato de praticamente não haver mais oponentes à sua altura nos médios, ele foi escalado para lutar com o campeão da primeira edição do reality show The Ultimate Fighter. O que se viu foi um Anderson muito à vontade pelo fato de não sofrer tanto com o corte de peso. Em pouco mais de três minutos de luta, Griffin sofreu três knockdowns e foi nocauteado após receber um jab em contra-ataque. Após o resultado, o americano saiu correndo envergonhado do octógono e foi flagrado em exame antidoping.
O que poderia ser mais uma tranquila defesa de título para o Spider se tornou a mais dura batalha que ele enfrentou no octógono. Talvez nem mesmo Chael Sonnen pudesse prever que ele seria o responsável por aplicar, em apenas um duelo, mais golpes contundentes que o campeão já havia sofrido em toda a sua carreira profissional.
Conhecido por praticar um wrestling de primeira categoria, ponto fraco histórico de Anderson, o desafiante massacrou o Spider durante todos os rounds da luta, tendo alguns juízes inclusive apontado o placar de 10-8 para Sonnen em alguns dos assaltos. Mas foi aí que Anderson mostrou o porquê de ser considerado o maior de todos os tempos. Lutando com uma costela quebrada e contra recomendações médicas, fato que veio a público somente após o duelo, e com seu adversário tendo sido flagrado no exame antidoping, o Spider conseguiu de forma sensacional aplicar uma chave de braço partindo de triângulo faltando somente dois minutos para o fim da luta e pôs fim às baixas provocações feitas pelo americano antes da luta, que ainda foi considerada a melhor do ano de 2010 por sites especializados.
Vários fatores colaboraram para que o duelo ficasse conhecido como “A Luta do Século”. Muitos acreditavam que o Fenômeno, apelido pelo qual ficou conhecido Vitor Belfort, seria um dos únicos capazes a acabar com o reinado do Spider na categoria dos médios. Desde o início dos preparativos do duelo, Anderson se mostrou contrariado por enfrentar um compatriota que inclusive já havia treinado na mesma equipe que ele, acusando-o de ter quebrado um código de honra de lutadores.
Após declarações polêmicas de ambos, Anderson roubou a cena na pesagem ao encarar seu oponente com uma máscara, em provocação a Belfort que havia acusado o Spider de ser “mascarado”. Dentro do octógono, não tardou para que Anderson conseguisse um nocaute avassalador com um preciso e potente chute frontal, elemento básico de várias artes marciais, mas aplicado segundo o taekwondo, esporte em que Silva também é faixa preta. O nocaute até hoje é celebrado como um dos maiores do UFC em todos os tempos e o duelo foi essencial para aumentar o interesse do público brasileiro no MMA.
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