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Mulheres cartolas são importantes no futebol, e não é de hoje

Written by Gustavo Zogobi | 5/jul/2017 21:02:00

Crédito foto: Divulgação

A população feminina no mercado de trabalho brasileiro vem crescendo muito. Nos últimos 12 anos, passaram para 10,2%. Elas têm, atualmente, uma maior taxa de escolarização em nível superior do que os homens (19,2% das mulheres têm um diploma, contra 11,5% dos homens) (Fonte: ibge.gov.br). Consequentemente, a participação delas quando o assunto é gestão esportiva também teve um aumento significativo.

Tudo começou com Marlene Matheus. Ela foi presidente do Sport Club Corinthians Paulista entre os anos de 1991 e 1993. Mulher de Vicente Matheus, também ex-presidente do Corinthians. Se tornou a primeira mandatária de um grande clube do futebol brasileiro. Na época, foi eleita com 2.119 votos. Dentro de campo, o Timão não obteve o sucesso desejado, foram dois vice-campeonatos paulistas, com derrotas para seus maiores rivais: Palmeiras e São Paulo.

Crédito foto: Reprodução / Facebook Oficial Marlene Matheus

Patrícia Filler Amorim foi presidente do Clube de Regatas do Flamengo entre os anos de 2010-2012. Foi eleita em 2010, tornando-se a primeira mulher na presidência do clube. No entanto, não obteve bons resultados. Não conseguiu nenhum título e ainda lutou contra o rebaixamento até a última rodada do Campeonato Brasileiro de 2010.  Patrícia mostrou que as cartolas podem ter um papel de importância no esporte, onde por muito tempo existiu o estereótipo de ser apenas para homem. 

Crédito foto: Divulgação / Fernando Azevedo

O TUPI de Juiz de Fora-MG também teve uma dama à frente do clube. Durante o ano de 2014, Myrian Fortuna, foi a única mulher como presidente de um clube entre todas as equipes que participam de campeonatos da CBF. Com ela como presidente, o TUPI conseguiu um acesso ao Campeonato Brasileiro da Série B. Myrian vai comandar por lá por mais três anos. Ela foi reeleita para o triênio 2017/2019.  

Outro grande exemplo de mulher no poder é a história da Renata Gusmão. Ela é vice-presidente do Pesqueira Futebol Clube, que disputa a Série A do Campeonato Pernambucano. O clube foi fundado em 2006 pelo pai, Aprígio Gusmão. Em 2013, Aprígio faleceu e Renata não poderia deixar o sonho do seu pai terminar. Em 2014, entrou na administração como Diretora Socia e ainda em 2014, foi eleita vice-presidente ficando até os dias de hoje.

O exemplo mais atual de mulher gestora é Leila Pereira, presidente da Crefisa e da FAM (Faculdade das Américas). Ambos são os patrocinadores masters da Sociedade Esportiva Palmeiras. Leila já injetou desde 2015 mais de 300 milhões de reais no clube do Palestra Itália. Seu grande sonho é se tornar presidente do Verdão. O primeiro passo para isso foi dado nas últimas eleições para o conselho deliberativo, onde Leila foi a candidata que mais obteve votos. Desde que chegou ao Palmeiras, o clube conquistou mais uma Copa do Brasil, em 2015, se tornando tricampeão, também venceu o Campeonato Brasileiro do ano passado, encerrando um jejum de 22 anos sem ganhar.  A Crefisa e a FAM são responsáveis por ser a maior patrocinadora do futebol brasileiro. 

Crédito foto: Reprodução / Instagram Oficial @leilapereiraconselheira

O esporte como um todo precisa de mais mulheres cartolas. Elas conseguem dar um toque mais humanizado em um meio que por muitas vezes é conhecido por ser sujo. Por muito tempo as mulheres lutam por seu espaço na sociedade. No futebol isso não é diferente, se tornou cada vez mais comum a presença feminina dentro e fora dos gramados. Que isso aumente ainda mais!

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