Crédito foto: Divulgação/ Flickr oficial do Vasco
No futebol brasileiro, nunca se ganhou tanto dinheiro como em 2016, pelo menos é o que aponta o estudo feito por Amir Somoggi, Gestor de Marketing, a partir das 20 maiores receitas entre os clubes do Brasil. Mas engana-se quem pensa que o aumento de 30,2% do faturamento conjunto, em relação a 2015, é resultado de evolução, ou sinal de que o futebol nacional finalmente atingiu o progresso.
O boom sofrido pelas finanças dos clubes, que tirou muitos do vermelho, da crise e até da iminência de fechar as portas, ocorreu em função de recursos provenientes dos direitos televisivos. Por ora, o cofre dos times é extremamente grato a esse incentivo, mas essa agradável situação financeira tem data de validade. Isso porquê o dinheiro contabilizado é, na verdade, um adiantamento das luvas referentes aos contratos de 2019-2024. Portanto, os clubes deixarão de receber as quantias no período citado.
Crédito foto: Reprodução estudo Amir Somogg
Em 2017, o impulso financeiro não ocorrerá novamente, logo será possível ter conhecimento sobre qual, de fato, é a realidade financeira do futebol brasileiro. As receitas que mais dependeram dos direitos de TV, por consequência, serão as mais impactadas com a ausência de tal incentivo ao final desta temporada. Com base nisso, o Esportudo.com listou, abaixo, os cinco times mais dependentes da renda televisiva em 2016, confira:
Crédito foto: Getty Images
Em 2015, 44% da receita do Fogão era proveniente dos direitos de TV. Um ano depois, 63%. O incentivo veio em boa hora, não há como negar. Em termos financeiros, o clube vive um dos momentos mais delicados de sua história. Em 2014, a dívida alcançava os R$ 700 milhões, valor cinco vezes maior que a receita do Alvinegro, que beirava a falência.
Crédito foto: Reprodução Facebook oficial do clube
Dos times estudados, o Verdão da Serra possui a terceira menor renda. A gestão financeira do clube não é ruim, mas a renda ainda é baixa por ser o maior clube do Centro-Oeste, dono da maior torcida entre os times da região. Os direitos televisivos representavam 50% de sua receita em 2015, saltando para 65% em 2016.
Crédito foto: Getty Images
O Tricolor Baiano teve o maior aumento em dependência da TV no ano passado. Cerca de 75% de sua receita resultou dos direitos televisivos, representando um aumento de 23% em relação a 2015. É outro clube que viveu há pouco tempo uma das piores fases financeiras de sua história.
Crédito foto: Getty Images
O Gigante da Colina é o segundo maior dependente da renda televisiva. A porcentagem de sua receita representada pela mesma teve um aumento significativo, de 55% em 2015 para 77% em 2016. Um clube do tamanho do Vasco, dono da quinta maior torcida do Brasil, depender tanto do dinheiro da TV é algo inadmissível. Não é à toa que sofre tanto com dívidas, falta de estrutura e rebaixamentos. A gestão do clube é uma verdadeira bagunça.
Crédito foto: Divulgação oficial do site do clube / Maurícia da Matta
O Rubro-Negro Baiano é o mais dependente da relação. Os direitos de transmissão equivaleram a 81% de sua receita em 2016 – um valor enorme. Assim como os outros citados, o Leão continua a sofrer com péssimo retrospecto financeiro. Com o incentivo, o clube pôde respirar, mas o futuro tende a ser complicado se a diretoria não se precaver.
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