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O Brasil sempre gostou de importar coisas de fora e exportar nossos melhores jogadores, no entanto, estamos importando algumas coisas que poderão trazer um futuro melhor para o nosso futebol. Se vê muito na imprensa e na história propriamente dita deste esporte as influências e as referências à “escola italiana”, conhecida pelo seu método eficaz, natural e de marcação, carregando sempre o seu DNA defensivo.
Na Itália, há mais posições que aqui e em outros muitos lugares do mundo, pois o berço tático defensivo de marcação e compactação vem de lá. Nessa história, surgiu o “esterno” como a imprensa brasileira vem nomeando.
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O “esterno” seria um meia que joga aberto pelas alas, principalmente em times que atuam com linhas de quatro no meio de campo, mas essa posição já não existe? Em localização sim, não com a função propriamente dita. Nesse esquema, o jogador tem como principal papel uma ocupação de espaço defensiva, seja para ocupar as beiradas do campo ou para marcar a subida do lateral adversário.
Ofensivamente, a função desse atleta é proteger a subida do lateral, protegendo a defesa em caso de contra-ataque e sendo sempre uma opção de passe seguro. Vivemos num período em que os times tem atacado muito com os laterais e, no geral, possuem os mesmos habilidosos, na maioria das vezes, mais que os próprios meias-abertos ou os pontas. Esse foi o estopim para a importação da posição.
Vem surgindo no futebol brasileiro com técnicos modernos. Não consta em pesquisas quem foi o primeiro treinador a utilizar a posição aqui, mas atualmente quem usa muito o é Fabio Carille e alguns outros técnicos jovens.
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Carille, sem mistérios algum, tem tirado leite de pedra do time e elenco do Corinthians. O técnico em excelente leitura tática e da característica dos seus jogadores criou um estilo de jogo mais pegado, defensivo e que tem sido eficaz, inclusive em jogos importantes. O comandante utiliza a função da seguinte forma: o time joga no 4-1-4-1 na maioria, na linha de quatro do meio, pelo lado esquerdo, ora ele utiliza o atacante Romero, ora Maycon, um meio-campista mais defensivo para suprir e proteger as subidas e jogadas criativas do lateral-esquerdo Guilherme Arana, que tem sido importante ofensivamente para o time do Corinthians e que apresenta ainda falhas defensivas.
Romero é um atacante esforçado, mas não é muito habilidoso, portanto, na maioria das vezes, Carille o utiliza de esterno. Maycon é usado às vezes pela intenção primordial de se ter um jogador defensivo de maneira mais segura para liberar mais ainda o lateral habilidoso.
Outros casos
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O treinador Zé Ricardo do Flamengo chegou a utilizar o volante Mancuello como um meia-esquerda em um 4-2-3-1 para proteger as subidas do lateral-esquerdo Miguel Trauco, que em boa fase estava dando ótimas assistências e até fazendo gols. Cuca também chegou a usar Tchê Tchê e Jean dessa maneira, esterno destro, no início do Campeonato Brasileiro de 2016 em que o clube se consagrou campeão.
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