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Em toda a história da Fórmula 1 foram dezenas de equipes que estiveram presentes nos grids de largada. O que faz um indivíduo, um grupo de empreendedores ou uma fábrica de automóveis criar uma equipe é uma combinação de desafio, experimentação tecnológica e marketing, capitalizando o prestígio de bons resultados numa categoria de ponta para marcas, motores e componentes. Deixar a F1 também é uma decisão estratégica. É muito, muito caro, os carros (monopostos) não lembram nem vagamente os modelos das marcas vendidos no mercado, resultados ruins que afastam patrocinadores, países do calendário que deixam de ser prioritários para as empresas, são muitos os motivos. Aqui listamos sete equipes cujos pilotos foram campeões mundiais e que abandonaram a categoria e a única equipe brasileira. Todas tiveram seus dias de glória e deixam saudades nos fãs até hoje.
Foi protagonista nos primórdios do que chamamos de F1 moderna. Nos seus carros foram campeões mundiais o italiano Giuseppe Farina, em 1950, e o argentino Juan Manuel Fangio, em 1952. Se retirou da categoria ao final de 1952, para dedicar seus esforços e investimentos nas categorias de protótipos e turismo. Retornou em 1979, mas então os tempos haviam mudado. Com projetos limitados, pouca grana, motores ruins e pilotos medianos, não obtiveram nenhum resultado expressivo até abandonar definitivamente a F1 em 1985.
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Sinônimo de carros esportivos de altíssimo desempenho, a Maserati esteve ligada às corridas de automóvel desde o início do século passado. Na F1 teve seus anos de glória na década de 50, quando deu os títulos mundiais de 1954 e 1957 para ele mesmo, Juan Manuel Fangio, que era “o cara” na época. Também abandonou a categoria, mas continuou no automobilismo em provas de endurance e turismo.
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A Cooper foi uma equipe inglesa ligada ao fabricante homônimo que alinhou nos grids da Fórmula 1 do final dos anos 50 até o GP de Mônaco de 1969, sua última corrida. Nela correu Jack Brabham, campeão nas temporadas de 1959 e 1960, que viria a criar sua própria equipe. Seus carros eram os mais leves do início da década de 60, utilizando o alumínio em sua construção, tecnologia nova para a época. Se retiraram das categorias “fórmula” para se dedicarem exclusivamente às de turismo.
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Foi uma boa coadjuvante desde o início da F1, nos anos 1950. Sua grande temporada foi 1962, com o título mundial de seu piloto, o britânico Graham Hill. Foi bem até o final da década, com bons resultados no mundial de construtores e foi decaindo, até se retirar definitivamente no final de 1976.
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Criada pelo piloto Ken Tyrrell, a equipe foi referência na categoria no início dos anos 1970, com os títulos mundiais de seu piloto, o escocês Jackie Stewart em 1971 e 1973. Com a saída de Stewart, continuou vencendo algumas provas nos anos seguintes, sem nunca mais ganhar um título, seja de pilotos, seja de construtores. Após alguns projetos futuristas e extravagantes, como um carro com seis rodas, foi experimentando uma lenta decadência, até se retirar no final dos anos 1980.
Uma equipe especial no coração dos fãs brasileiros da F1. Nela correram nossos três campeões mundiais. O pioneiro Emerson Fittipaldi, que abriu as portas da categoria máxima do automobilismo para o Brasil, campeão mundial pela equipe em 1972, o ídolo Ayrton Senna, que venceu sua primeira corrida na Lotus em 1985 (GP Portugal) e o genial Nelson Piquet, que correu nela em 1988 e 1989, já encerrando a carreira, mas com bons resultados. Não é pouca coisa. Criada por Colin Chapman, a equipe rivalizou com a Ferrari o título de mais vitoriosa na categoria nos anos 1960 e 1970. Conquistou os títulos mundiais para seus pilotos Jim Clark (1963 e 1965), Jochen Rindt (1970), Emerson Fittipaldi (1972) e Mario Andretti (1978), este último a bordo do revolucionário carro-asa. Com a morte de Chapman, em 1982, teve ainda um breve período bom nos anos Senna-Piquet e foi diminuindo na qualidade dos equipamentos, pilotos e patrocinadores até que sua presença na F1 se tornou inviável economicamente. Então mera coadjuvante, saiu da categoria em 1995.
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Outra equipe que lembramos com o maior carinho. Nela o brasileiro Nelson Piquet foi bicampeão mundial, nas temporadas 1981 e 1983. Houve um tempo em que, mesmo cara, pilotos campeões podiam criar e bancar suas próprias equipes. Foi o caso da Brabham, fundada em 1961 pelo também bicampeão Jack Brabham. Além de Piquet, a equipe fez os campeões Jack Brabham, o dono da casa (1966) e Denny Hulme (1967). Em 1972 o então jovem empreendedor Bernie Ecclestone, que viria a ser anos depois a figura mais poderosa da categoria toda, adquire o controle da equipe e convida o revolucionário projetista Gordon Murray. A equipe vai num crescendo até seu ápice, no período Piquet, experimentando muitas das soluções técnicas de sucesso que até hoje estão na F1, como o reabastecimento e a troca de pneus e os motores turbo. Estiveram nas pistas até 1996, quando saíram vítimas também dos altos custos e do desinteresse de Ecclestone, então totalmente absorvido pela política geral do negócio Fórmula 1.
Criada pelos irmãos Emerson e Wilson Fittipaldi Jr, foi a única equipe brasileira da Fórmula 1. Alinhou pela primeira vez no Grande Prêmio da Argentina, que abriu a temporada de 1975 com Wilson e o italiano Arturo Merzario nos volantes. Emerson Fittipaldi saiu no ano seguinte da McLaren para correr em sua própria equipe. Em 1978 obteve seu melhor resultado, um sensacional segundo lugar de Emerson no Grande Prêmio Brasil. Esteve presente em 104 Grandes Prêmios, até o final da temporada de 1982, quando saiu da F1 por causa da falta de patrocinadores. Nela correram ainda Keke Rosberg (FIN), que viria a ser campeão mundial em 1982, além dos brasileiros Chico Serra, Ingo Hoffmann e Alex Dias Ribeiro, todos feras. Considerada por muitos no Brasil como uma louca aventura dos irmãos, ridicularizada por suas previsíveis limitações iniciais, a equipe Fittipaldi é, para mim, um empreendimento ousado e digno de orgulho de uma família que é sinônimo de tudo o que entendemos como automobilismo por aqui. Seria muito mais difícil, talvez impossível, termos Piquet ou Senna na Fórmula 1 se não fosse Emerson Fittipaldi. Foi o melhor.
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Pilotos
1º Sebastian Vettel / ALE - Ferrari – 202 pontos
2º Lewis Hamilton / GBR - Mercedes – 188 pontos
3º Valtteri Bottas / FIN - Mercedes – 168 pontos
4º Daniel Ricciardo / AUS - Red Bull Racing – 117 pontos
5º Kimi Raikkonen / FIN - Ferrari – 116 pontos
6º Max Verstappen / HOL - Red Bull Racing – 67 pontos
7º Sergio Pérez / MEX - Force India – 56 pontos
8º Esteban Ocon / FRA - Force India – 45 pontos
9º Carlos Sainz Jr. / ESP – Toro Rosso – 35 pontos
10º Nico Hulkenberg / ALE – Renault – 26 pontos
Equipes
1º Mercedes – 357 pontos
2º Ferrari – 318 pontos
3º Red Bull – 184 pontos
4º Force India – 101 pontos
5º Williams – 41 pontos
6º Toro Rosso – 39 pontos
7º Haas – 29 pontos
8º Renault – 26 pontos
9º McLaren – 11 pontos
10º Sauber – 5 pontos
A próxima corrida é só dia 27 de agosto, na Bélgica. Gostou do nosso conteúdo? Comente e acompanhe mais notícias do seu esporte favorito no Esportudo.com!
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