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Finalmente o ouro! Foram anos tentando, muitas gerações ótimas que falharam, mas a medalha de ouro enfim, veio. E na nossa casa.
A seleção masculina de futebol chegou à final com uma solidez defensiva impressionante, sem ter tomado nenhum gol, e um ataque que após ter sido criticado inicialmente, deslanchou com duas goleadas, e outra boa atuação após ter apanhado um bocado da Colômbia.
Nossos meninos enfrentaram uma ótima seleção alemã que, apesar de não estar com nenhuma de suas estrelas (o único remanescente da equipe campeã mundial em 2014 era Matthias Ginter, zagueiro reserva daquele elenco), mostrou que o futebol deve ser levado a sério pelos seus cartolas e que tudo se inicia com o trabalho de base.
Demonstrando uma disciplina tática invejável, a seleção alemã ''vendeu'' caro a medalha de ouro para o Brasil, porém, apesar de um trabalho muitas vezes interrompido pela CBF com trocas de treinadores, mostramos que se houver o mínimo de vontade, estaremos sempre entre as melhores seleções do mundo.
A seleção canarinho só deslanchou na competição após a troca de Rogério Micale, de Felipe Anderson por Luan. Inicialmente ousada e criticada por muitos por ser considerada extremamente impossível, mostrou-se o contrário por obter o auxílio de seus homens de ponta, Gabriel Jesus e Gabigol, e o próprio Luan que na teoria, quando o Brasil tinha a bola jogava mais avançado que Neymar, sem a bola o atacante do Grêmio recuava atrás do meio de campo para ajudar na marcação. Com a cooperação de todos os jogadores, a seleção brasileira levou apenas um gol durante toda a competição tendo como destaque Marquinhos, zagueiro do PSG, que demostrou uma enorme liderança e muito provavelmente estará na lista do técnico Tite que já foi enviada, e será divulgada na segunda-feira (22). Rodrigo Caio também esteve muito bem ao lado do camisa 4, formando uma boa dupla de zaga.
Apesar da desconfiança gerada em torno de Weverton após a lesão de Fernando Prass, o goleiro demonstrou competência quando exigido ao longo das partidas, e acabou se tornando herói ao defender a última penalidade cobrada pela Alemanha na final disputada no Maracanã.
Neymar foi um capítulo à parte. O jogador mais criticado (inclusive por mim) pelo seu estilo de segurar a bola, pelo status de craque que possui, e por muitas vezes perder a cabeça quando na verdade deveria demonstrar tranquilidade por ser o capitão do time, comandou a equipe nos últimos três jogos com sua experiência apesar da pouca idade, seus dribles, seus passes e suas cobranças de falta. A meu ver ele não tem o perfil para ser capitão da única seleção pentacampeã mundial (e já renunciou à faixa após a conquista da medalha), mas é indiscutível que tecnicamente precisaremos dele para alcançarmos a vaga para a Copa da Rússia de 2018 que, com o técnico Dunga pareceu estar ameaçada.
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O peso finalmente saiu das costas e segunda-feira (22) temos a primeira lista de Tite para as partidas das Eliminatórias disputadas no mês de setembro. Podemos esperar alguns jogadores dessa geração de ouro no meio da convocação, mas principalmente um futuro promissor pois não temos uma má geração, e sim uma má gestão.