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Depois de uma pausa, finalmente a F1 está de volta. Fim de semana agora tem a 12ª corrida. É o GP da Bélgica, na histórica pista de Spa-Francorchamps. Começa a segunda e decisiva parte deste campeonato, ainda aberto. Vamos ver se a Mercedes traz novidades e reage, ou se a Ferrari confirma seu ainda frágil favoritismo para quebrar a sequência de títulos da equipe alemã. Nos bastidores, começa lentamente a dança das cadeiras, com pilotos batalhando melhores equipes e vice-versa. De concreto, por enquanto, só a renovação de Kimi Raikkonen (FIN) na Ferrari.
25, 26 e 27 de agosto.
Bélgica, país com história rica que remonta das conquistas romanas. Independente desde 1830, tem pouco mais de 10 milhões de habitantes e um dos maiores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) do mundo. Faz fronteira com a Holanda, ao norte, com o minúsculo Luxemburgo, ao sul e com seus dois grandes vizinhos, França e Alemanha, cujas encrencas nas duas guerras mundiais do século XX sempre a envolveram diretamente (foi invadida nas duas). É uma monarquia constitucional com rei e tudo (Filipe, desde 2013), país fundador e sede da União Europeia.
Como o nome sugere, o autódromo de Spa-Francorchamps fica perto da cidade de Spa, cidade turística distante 140 km de carro da capital Bruxelas. A cidade é uma estação de águas, e seu nome deu origem à denominação que fazemos dos resorts com foco em saúde no mundo todo, os spas.
Acontecem corridas de automóvel por lá desde a década de 1920. O circuito foi sendo modificado, chegou a ter mais de 15 km de extensão, e tem seu formato atual, com 7 km desde 1983 e recebe o GP da Bélgica sempre desde 1985. É um circuito completo, que alterna trechos muito velozes e outros mais lentos num conjunto de 20 curvas, sendo a mais famosa a Eau Rouge, um S que vem depois de uma descida e que é considerada a curva mais perigosa e traiçoeira do automobilismo mundial. O GP de domingo terá 44 voltas, totalizando pouco mais de 308 km.
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Vencedores
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Quem venceu ano passado na Bélgica foi Nico Rosberg (ALE), da Mercedes, que conquistou mais um passo importante rumo ao seu título mundial. O mega-campeão Michael Schumacher (ALE) foi quem mais venceu por lá, seis vezes (1992, 1995, 1996, 1997, 2001 e 2002), seguido de nosso ídolo Ayrton Senna, com cinco vitórias (1985, 1988, 1989, 1990 e 1991). Felipe Massa venceu em 2008.
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Voltam os pneus ultramacios (banda roxa), cuja combinação de desempenho e durabilidade tem surpreendido as equipes e o próprio fabricante. As equipes terão à disposição ainda para o GP os pneus supermacios (banda vermelha) e macios (banda amarela) além, é claro, dos de chuva. Lembramos que em condições normais de clima, cada piloto tem que usar ao menos dois jogos de tipos diferentes em cada prova.
Tudo lá é caro, mas os caras têm grana e só sobraram ingressos para os setores VIP. Quem comprou um ingresso com antecedência na arquibancada mais simples pagou 300 euros (pouco mais de R$1.100,00, quase o dobro do setor G daqui de Interlagos).
O SporTV transmite os treinos nas manhãs da sexta e do sábado (classificação sábado 9h) e reprisa a prova na tarde do domingo. A TV Globo transmite a corrida ao vivo a partir das 9h do domingo. No rádio, a Bandeirantes e a Globo/CBN transmitem a prova.
Segundo o serviço de meteorologia AccuWeather, há chances grandes de chover na região no sábado e no domingo. Para complicar, em Spa-Francorchamps é comum chover num dos pedaços do circuito enquanto outros permanecem secos. Chuva bagunça tudo e muda completamente as estratégias das equipes e pilotos. Se confirmado, teremos muita emoção e surpresas.
Excluída a prova de 2016, vencida por Nico Rosberg, os três Grandes Prêmios imediatamente anteriores foram vencidos por Lewis Hamilton (Mercedes), Daniel Ricciardo (Red Bull) e Sebastian Vettel (então de Red Bull). Os três gostam da pista.
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Houve uma curta bateria de testes nesse intervalo da Fórmula 1, lá mesmo na Bélgica, com todo mundo tentando uma ou outra coisa nova, ao mesmo tempo que escondem o jogo dos demais. Destes testes de meio de ano costumam sair coisas interessantes. Ninguém ficou parado nas chamadas férias.
Já antecipamos aqui no Esportudo.com. Praticamente todas as equipes, inclusive Mercedes, Ferrari e Red Bull, já estão com os componentes com limite de troca previsto no regulamento (câmbio, turbo, motor) já usados e “no bagaço”. As trocas excedentes custarão posições no grid de largada.
Além da famosa Eau Rouge, em Spa-Francorchamps a primeira curva é bem próxima da posição de largada, e é um cotovelo de quase 180 graus. É lá que a turminha da pancada (Daniil Kvyat, Lance Stroll e companhia), deve mostrar a que veio e aprontar gigante.
Ricciardo, Vettel e Hamilton.
Pilotos
1º Sebastian Vettel / ALE - Ferrari – 202 pontos
2º Lewis Hamilton / GBR - Mercedes – 188 pontos
3º Valtteri Bottas / FIN - Mercedes – 168 pontos
4º Daniel Ricciardo / AUS - Red Bull Racing – 117 pontos
5º Kimi Raikkonen / FIN - Ferrari – 116 pontos
6º Max Verstappen / HOL - Red Bull Racing – 67 pontos
7º Sergio Pérez / MEX - Force India – 56 pontos
8º Esteban Ocon / FRA - Force India – 45 pontos
9º Carlos Sainz Jr. / ESP – Toro Rosso – 35 pontos
10º Nico Hulkenberg / ALE – Renault – 26 pontos
Equipes
1º Mercedes – 357 pontos
2º Ferrari – 318 pontos
3º Red Bull – 184 pontos
4º Force India – 101 pontos
5º Williams – 41 pontos
6º Toro Rosso – 39 pontos
7º Haas – 29 pontos
8º Renault – 26 pontos
9º McLaren – 11 pontos
10º Sauber – 5 pontos
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