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2 momentos em que a festa da torcida fez a diferença em campo

Written by Diego Santos | 4/ago/2017 21:02:00

Crédito foto: Getty Images

Imagine você, entrando num estádio lotado, com todos gritando, te empurrando rumo ao título, rumo à vitória, o que você faria? É evidente que todo esse apoio só faz o jogador se motivar ainda mais, pois ele não está jogando apenas por si, mas por milhares de pessoas que esperam, dele, atleta, o máximo.

Grandes conquistas sempre passam pelas torcidas. Apoiando, empurrando do início ao fim de cada partida decisiva. No Brasil, mesmo tendo alguns torcedores que destoem dos demais, essa festa é bastante elogiada. O Esportudo separou dois grandes momentos em que a festa da arquibancada fez a diferença para que seus clubes pudessem se superar em campo e fazer de uma possível zoação, uma grande conquista.

Cruzeiro X São Paulo - Copa do Brasil - 2000

 

Crédito foto: Divulgação / Site Oficial do clube

09 de julho de 2000, era um domingo, com 85.841 vozes entoando o Mineirão. Após o empate por 0 a 0 no primeiro jogo, no Estádio do Morumbi, há quatro dias, Cruzeiro e São Paulo chegam ao grande momento, onde apenas uma torcida gritará “É Campão”, da Copa do Brasil. O Tricolor Paulista precisava de uma vitória ou um empate com gols para garantir a taça, já que a repetição do 0 a 0 levaria o jogo para os pênaltis, à Celeste só a vitória interessava.

Ao término do primeiro tempo, depois de um jogo morno, o 0 a 0 persistia. Quando Marcelinho Paraíba, aos 15 minutos da etapa final, marcava para os visitantes. Um silêncio ensurdecedor no Mineirão se estendeu ao gol tricolor, o que durou minutos. A massa cruzeirense logo volta a cantar, jogando o time rumo ao empate e a virada. Emprestado da Roma-ITA, o centroavante da Raposa, Fábio Junior, conseguiu o empate aos 35 minutos, o que enlouqueceu os torcedores. Foi quando, no apagar das luzes, aos 45 do segundo tempo, Geovanni faz o gol do título do Cruzeiro.

O show da arquibancada no Mineirão foi, sem dúvida alguma, um espetáculo à parte, o que ajudou a buscar fôlego em seus jogadores para conseguir a virada, em certo ponto impossível, pelas circunstâncias da partida. É até possível dizer que, se o jogo não tivesse sido nesse estádio, dificilmente o Cruzeiro conseguiria a virada, o que daria o título ao São Paulo.

Corinthians X Boca Juniors - Libertadores - 2012

Crédito foto: Getty Images

São Paulo, 04 de julho de 2012. Era o dia... era o grande dia. O Corinthians tinha a chance de ganhar o único título que faltava em sua galeria... tinha a oportunidade de parar as gozações dos rivais. O Boca, segundo time que mais ganhou o torneio, podendo se igualar ao seu patriota, Independiente com sete títulos... esses foram os ingredientes que fizeram daquela quarta-feira tão inimaginável para os torcedores corintianos que lotaram o estádio do Pacaembu, e tão lamentável aos Xeneizes. 

No primeiro jogo, após o Boca abrir o placar com o zagueiro Roncaglia, o Corinthians, que pela primeira vez disputava uma final de Libertadores, conseguiu o empate. Tite, então técnico naquela oportunidade, sacou Danilo para colocar Romarinho que vinha de dois gols contra o maior rival do clube, Palmeiras, na vitória do Timão. E quis o destino, que Romarinho, o desconhecido Romarinho, marcasse o gol de empate.

Voltando àquela quarta-feira, o grande dia. A festa do Bando de Loucos foi um espetáculo à parte, as 37.959 vozes gritavam, apoiavam o Alvinegro do início ao fim, cada lance era vibrado, comemorado como se fosse o último. O primeiro tempo deixou a angústia do 0 a 0, mas no segundo, nenhum corintiano poderia imaginar o quão surreal aquela decisão seria. Com a bola rolando para a etapa final, o Boca, pressionado pelo torcida, sentiu. Quando aos 8 minutos, Emerson, "O Sheik", tirou o grito engasgado da Fiel. Não demorou muito para que o mundo pudesse escutar os gritos dos mais de 30 milhões de torcedores alvinegros. E o ápice daquela noite foi nos 27 minutos, quando – novamente Emerson -, fizera o segundo e decisivo gol.

A Libertadores veio da melhor maneira possível, de forma invicta e contundente. O sofrimento, a gozação que antes faziam dos corintianos motivo de chacota, deram lugar para a excitação múltipla, onde só um grito era possível ouvir, o de "Campão"!

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