Confira a lista dos cinco atacantes mais importantes que já passaram pela Colina
Não é novidade que o Vasco é referência em grandes atacantes. Em toda a sua história o cruzmaltino teve nomes de peso balançando as redes com extrema frequência. Não por acaso, os três maiores artilheiros da história do Brasileirão são revelados pelo Vasco: Roberto Dinamite (190 gols), Romário (155 gols) e Edmundo (153 gols), além de ter por oito vezes o maior goleador de uma edição: três vezes Romário (2000;2001;2005), duas vezes Roberto (1974;1984), Paulinho (1978), Bebeto (1992) e Edmundo (1997).
Passando para o cenário global, o Vasco é o único time do mundo a revelar dois dos cinco maiores artilheiros da história do futebol: Romário é o 4º colocado e Roberto vem logo atrás na 5ª posição.
Com todo esse passado, inclusive tendo um artilheiro de Copa do Mundo - Ademir Menezes em 1950, 9 gols -, fica difícil definir cinco nomes, lembrando que não escolhemos por número de gols, e sim por qualidade e importância.
Num período de vacas magras, a nostalgia bate em qualquer vascaíno ao relembrar as alegrias que estes goleadores proporcionaram, e fica a esperança de um resgate na tradição de revelar grandes nomes para o mundo.
Ops, brincadeira!
Edwaldo Isídio Neto nasceu em Recife na década de 30, iniciou sua carreira no Sport e chegou ao Vasco em 1952, como ponta-esquerda. Após muito destaque entre os jovens e pela Seleção Olímpica, foi escalado no jogo do título do Campeonato Carioca de 1952, quando fez o gol decisivo e ganhou seu primeiro troféu em São Januário.
Muito técnico e cheio de vontade, o ponta virou atacante, ganhando mais um Carioca e um Rio-São Paulo pelo Vasco. Defendendo a Seleção Brasileira em 1958 e 1962, sagrou-se bicampeão mundial, com 9 gols nas duas Copas, sendo peça importantíssima daquele time histórico. Depois da primeira Copa, foi vendido ao Atlético de Madrid, terminando sua passagem vitoriosa na Colina com 191 gols.
O ex-atacante faleceu em 2002, mas será sempre lembrado como um dos grandes atacantes brasileiros.
Edmundo Alves de Souza Neto, o Animal, foi revelado pelo Vasco em 1992, sendo Campeão Carioca e melhor jogador do torneio em seu primeiro ano de profissional. Teve cinco passagens pelo clube, marcando ao todo 79 gols em 129 jogos.
Além do Carioca, Edmundo ganhou o Brasileirão de 1997 com a camisa 10 vascaína de forma mágica, sendo apontado por muitos como o melhor jogador do mundo naquele ano, 29 gols em 28 jogos, seis deles marcados em apenas 90 minutos, o 6x0 conta o União São João em São Januário.
Nem as falhas abalam a idolatria da torcida por ele, Edmundo perdeu pênalti na final do Mundial Fifa em 2000, contra o Corinthians, e na semi-final da Copa do Brasil em 2008, contra o Sport, além de ter sido rebaixado no mesmo ano. Mas a identificação, a entrega, o retrospecto contra o Flamengo, a emoção de jogar pelo clube que o revelou, faz dele um dos maiores jogadores da história do Vasco.
Ademir Marques de Menezes, o Queixada, era o principal nome do famoso Expresso da Vitória, melhor time do Brasil e das Américas ao fim da década de 40. Com 301 gols em 429 partidas, Ademir ganhou títulos e ajudou a levar aquela geração fantástica para a história do futebol brasileiro como o primeiro time a sagrar-se campeão continental.
Sua passagem foi interrompida durante três temporadas, quando defendeu o Fluminense, mas em 1948, ano do primeiro Campeonato Sul-Americano de clubes, Queixada voltou à Colina. Famoso por gols decisivos, principalmente em clássicos, Ademir fez os dois na final do Carioca de 1950, o primeiro disputado no Maracanã.
Pela Seleção foram 35 gols em 41 partidas, e um vice-campeonato em 1950. Ademir faleceu em 1996.
Romário de Souza Faria, um dos maiores nomes da história do futebol mundial, foi revelado pelo Vasco, e marcou 313 vezes com a camisa cruzmaltina, o mais especial deles foi o seu milésimo gol, em 2007 contra o Sport.
Despontou no fim da década de 80, quando formou uma dupla de ataque impecável junto a Dinamite, ganhando o bicampeonato Carioca. Foi vendido para o PSV, passando pela Europa, Flamengo, até voltar ao Vasco em 2000.
Na sua segunda passagem, a mais vitoriosa delas, foi vice-campeão mundial, campeão Brasileiro e campeão da Copa Mercosul, com três gols na final inesquecível contra o Palmeiras.
Aos 39 anos, em 2005, vestiu novamente a camisa do Vasco, quando então tornou-se o artilheiro mais velho do Brasileirão, dando mais uma prova do quão fora de série poderia ser.
Sua última passagem antes de se aposentar foi em 2007, a 13 gols de chegar ao milésimo da carreira. Em 20 de Maio, de pênalti, em São Januário, o baixinho, gênio da grande área segundo Cruyff, colocou mais uma vez seu nome na história do esporte completando mil gols na carreira.
Carlos Roberto de Oliveira, Dinamite, foi o maior artilheiro da história do Vasco, com 698 gols em 1110 jogos, e é impossível não colocá-lo no topo da lista. Em 20 anos de clube, venceu o Brasileiro de 1974 e os Cariocas de 1977, 1982 e 1987.
Com 1,86m de altura, Dinamite era mortal, finalizador tanto com o pé quanto na jogada aérea, fez gols eternizados tanto pela importância quanto pela simples beleza e eficiência. Num dos jogos mais marcantes ele voltava do Barcelona para o Vasco, e em sua reestreia, com direito a Maracanã lotado, fez cinco gols na vitória por 5x2 contra o Corinthians.
Infelizmente, pela Seleção Brasileira não recebeu as chances que merecia, e foi muitas vezes barrado por jogadores de menor qualidade. Disputou a Copa de 1978, virou titular durante o torneio marcando 3 gols, um deles o da classificação contra a Áustria. Também foi à Espanha na Copa de 1982, mas inexplicavelmente não entrou em campo.
Roberto é o maior artilheiro da história do Campeonato Brasileiro com 190 gols, e do Campeonato Carioca, marcando 279 vezes. Entre 2008 e 2014, foi presidente do Vasco, conquistando uma Copa do Brasil, mas incessantemente criticado por dois rebaixamentos.