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Apesar de não representarem a maior parte da receita dos clubes, as camisas de jogo são os itens mais procurados pelos torcedores, que exibem as cores do clube de coração nas principais cidades do mundo. Não à toa, as maiores empresas investem cada vez mais dinheiro para se tornarem parceiras dos principais clubes do mundo e terem seus nomes e logos estampados nas camisas, tornando os torcedores verdadeiros billboards ambulantes.
Na temporada 2015/2016, novos contratos foram firmados e outros renovados. Seja com o fornecedor de material esportivo, com o patrocinador master ou firmando acordos de naming rights, todos eles apresentam cifras impressionantes e que eram inimagináveis há até não muito tempo. O Manchester United, por exemplo, que possui a camisa mais valiosa do futebol internacional hoje, fechou com a Chevrolet o contrato e patrocínio mais caro da história, recebendo 80 milhões de dólares anuais da montadora. Já o Real Madrid, segundo no ranking, renovou com a Adidas por mais dez anos e é quem mais recebe hoje de uma distribuidora de materiais esportivos. Os 1.6 bilhões, rendem cerca de 158 milhões por ano ao clube merengue.
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Vale lembrar que os contratos de patrocínio não envolvem apenas os fornecedores de material esportivo ou os patrocinadores masters que estampam sua marca nas camisas. A parceria do Real Madrid com a United Arab Emirates, rende 192 milhões de dólares por ano aos cofres do clube sendo que, além do patrocínio da Fly Emirates, o grupo vai pagar ainda cerca de 28 milhões de dólares por ano pelo namight rights do Santiago Bernabéu, após sua reforma. O mesmo acontece com o Manchester United. Sua antiga patrocinadora, a Aon, saiu da camisa e passou a ser a patrocinador oficial do centro de treinamentos da equipe, realizando diversas ativações nos bastidores e sessões de treino.
No Brasil, o conceito de patrocínio é defasado. Por falta de uma gestão mais profissional dos clubes, os contratos visam apenas a exposição das marcas e tanto clube quanto empresa não exploram novas formas de interação. Essa miopia fez com que muitas empresas perdessem o interesse em investir no esporte e atrasou o lançamento de novos produtos, novas formas de ativações e parcerias que começaram a ser discutidas apenas nos últimos anos no país. Enquanto isso, é fácil entender porque as cifras só aumentam na Europa quando o retorno sobre o investimento beneficia patrocinado e patrocinador, com resultados financeiros, retorno de imagem e novos produtos vendidos.
*valores em milhões de dólares.
Destaques para os clubes ingleses, que ocupam cinco das dez posições, e para a Emirates que está presente em quatro dos dez clubes. Após fechar com a Juventus, a Adidas passou a Nike e hoje possui mais equipes patrocinadas do que a Nike entre os dez maiores contratos do futebol internacional.
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