Assim muitos criticaram Robinho, Diego Tardelli, Renato Augusto, além dos técnicos, que, esquecidos ou desvalorizados por aqui, foram treinar equipes chinesas com salários nada modestos, como por exemplo Felipão, Cuca e Vanderlei Luxemburgo. Os jornalistas vieram com comparações com transferências para o mercado europeu, este já valorizado, visto, que faz jogadores crescerem e irem pra seleção. Entretanto Renato Augusto continua aí, convocado e bem cotado na seleção; e Cuca, voltou ao Brasil com muito moral.
Comparando agora não com o mercado europeu, o mercado de “oportunidades” na seleção (vide Filipe Anderson e Raffael), quero comparar a outro mercado emergente, novo, que também está levando craques, também com bons cacifes e com pouca tradição; estou falando do mercado da MLS dos Estados Unidos.
Com pouco apetite para brasileiros, buscando principalmente as estrelas europeias (Kaka, Pirlo e Villa já estão jogando no país norte-americano). Atraem os jogadores com salários altos e contratos longos. O país não é unanimidade entre os formadores de opinião esportiva, porém goza de muito mais prestígio que o concorrente futebol Chinês.
As justificativas são diversas, entre elas a estrutura, outras dizem respeito às estrelas que vão aos EUA, outros ainda ao modo de vida americano. Nenhuma é sulfiente forte, ou ainda abarca bem o universo futebolístico, já que a China tem investido forte em centros de treinamento, formação de árbitros, técnicos e jogadores, além de levar também estrelas, ainda que menores, para a Ásia, como é o caso de Diamanti ou Drogba. Os resultados em torneios favorecem os chineses, que ganharam duas ligas dos campeões da Ásia, nos últimos anos, enquanto apenas um time da MSL chegou a final da Copa Ouro, nos últimos 16 anos, ficando com o vice.
A razão por essa desconfiança com a China é simplesmente preconceito, uma cultura diferente, oriental, que já é mal vista pelos seus produtos e seu sistema político. O mercado chinês não parece ser passageiro e classificá-lo como um “mal” para o futebol mundial só prejudica o esporte. Por isso, calma, o futebol chinês está aí pra ficar, não para prejudicar ninguém.