Média de idade de clubes da MLS mostra que liga não é dos veteranos

Enquanto muito conhecida por ser a liga dos jogadores em fim de carreira, graças a alguns críticos que ainda insistem em passar uma imagem falsa de que a MLS é lugar para jogadores mais velhos e em fim de carreira, o que se vê dentro de campo é algo completamente diferente.

Com cada vez mais jovens jogadores sendo cobiçados por grandes equipes européias e com o trabalho de base desenvolvido pelas franquias dando seus primeiros frutos, a realidade da liga hoje é muito diferente.

Esta semana, a Major League Soccer publicou em seu site a média de idade de todos os 20 clubes baseado no elenco que disputa a atual temporada de 2016. Os números comprovam que, ao contrário da fama de abrigar jogadores veteranos, a MLS tem uma das menores médias de idade do mundo com nenhum clube acima dos 28 anos de idade.

FC Dallas e Vancouver Whitecaps, duas das melhores equipes de 2015 e que vem repetindo a boa campanha nesta temporada, lideram a lista como as equipes mais jovens da competição. Outros elencos como de Colorados Rapids, Columbus Crew e New York City FC, por exemplo, que possuem uma grande quantidade de jogadores veteranos, sequer ultrapassam a média dos 27 anos.

Não é difícil imaginar porque grandes nomes do futebol já em final de carreira tem buscado os Estados Unidos como último desafio ao invés de mercados como a China e os Emirados Árabes, que acabam pagando muito mais que a MLS. A baixa média de idade está diretamente ligada ao o aumento do nível técnico da liga nos últimos anos e faz com que veteranos europeus e sul americanos mantenham o alto nível de jogo para ainda contribuir com suas seleções, como Pirlo, Kaká e Robbie Keane.

Com as novas gerações de americanos, cada vez mais habilidosos, sendo revelados pelos clubes, a MLS aos poucos consegue aumentar seu nível técnico na mesma proporção em que abaixa a média de idade da liga. Quantos aos veteranos, suas escolhas também começam a ser muito mais ligadas ao desenvolvimento profissional do que ao aumento da conta bancária. Muitos deles como Drogba, Kaká, Gerrard e Fabinho já falaram publicamento sobre a vontade de fazer parte do crescimento da liga e de seguir trabalhando nos Estados Unidos após a aposentadoria dos gramados. Não é por acaso.

Ainda que para muitos críticos seja difícil aceitar essa realidade e admitir que o soccer deu certo nos Estados Unidos, a contratação de veteranos hoje é algo complementar e não mais essencial, muito mais voltada para o marketing e para o desenvolvimento da liga fora de campo. A verdade é que hoje a liga é disputada por jovens que cada vez mais conquistam seus espaço e o carisma do torcedor americano.

Confira a lista e a média de idade de cada franquia da MLS:

Foto: Divulgação