Como dizia o velho e bom atacante, Mário Jardel de Almeida: "clássico é clássico e vice-versa." O duelo entre Corinthians e Palmeiras certamente é um dos clássicos de maior rivalidade do futebol brasileiro, ele move milhões de torcedores apaixonados do Brasil afora, mas engana-se quem pensa que isso seja apenas papo de torcedores brasileiros apaixonados pelas camisas de seus clubes de coração.
Há oito anos, a CNN, rede de televisão americana, elegeu o nosso clássico paulista como a 9ª maior rivalidade mundial. Corinthians e Palmeiras são os únicos brasileiros desta lista.
O duelo dos clubes sempre foi bem equilibrado. Para ter uma noção, até o momento tivemos 349 clássicos entre as duas equipes, entretanto, o Palmeiras leva uma pequena vantagem sobre o seu maior rival: venceu em 122 oportunidades e perdeu para o Corinthians em outras 120 partidas. Além disso, a história registra 107 empates.
Outro dado interessante é que em breve este clássico paulista chegará a uma incrível marca de: mil gols – isso mesmo 1.000 gols. Atualmente, os dois clubes balançaram as redes por 971 vezes, mas novamente o alviverde leva a melhor. O Palmeiras marcou 504 gols e sofreu 467 gols do Timão.
Foi em 5 de novembro de 1993, há exatamente 83 anos, que aconteceu a maior goleada deste clássico, melhor para o Palmeiras – vale dizer que na época o clube se chamava Palestra Itália. O placar? Nada a menos que um simpático 8x0.
No primeiro jogo da decisão, quem levou a melhor foi o Corinthians – ganhou a partida por 1x0 e na comemoração o atacante, Viola, resolveu abusar – digamos – ele ficou de quatro no gramado e imitou um porco, mascote do rival, o que certamente provocou demais a torcida e jogadores do Palmeiras, mas a resposta do alviverde apareceu no segundo jogo da final, sendo mais preciso, no dia 12 de junho de 1993, o Palmeiras goleou o Corinthians por 4x0.
Até hoje, este feito é lembrado e cantado nas arquibancadas. Além de conquistar o título de 1993, a Sociedade Esportiva Palmeiras encerrou uma fila de 16 anos sem títulos sob o comando de Vanderlei Luxemburgo.
As duas partidas terminaram no tempo regulamentar por 2 a 0. Na primeira ocasião, o Palmeiras se saiu melhor. No jogo de volta, foi a vez do rival, Corinthians. Com isso, a decisão foi decidida nas penalidades máximas. O Palmeiras se sobressaiu com grande atuação do goleiro Marcos que defendeu o pênalti do ídolo corintiano, Vampeta.
Após um mês do clássico disputado válido pela Copa Libertadores da América de 1999, os rivais voltaram a encarar uma nova decisão, mas agora valendo título. A primeira partida, foi vencida pelo Timão por 3 a 0. Já no segundo jogo, dias depois de o Palmeiras conquistar a Copa Libertadores da América de 1999, a rivalidade estava à flor da pele. Marcelinho Carioca abriu o placar da partida, mas Evair marcou dois gols e virou o placar, entretanto, logo depois Edílson, empatou a partida.
Com o título praticamente garantido, o jogador do Timão provocou o rival fazendo ‘embaixadinhas’. Júnior e Paulo Nunes não gostaram da provocação de Edílson e partiram para cima do rival. O juiz da partida, Paulo César de Oliveira, encerrou o jogo antes do tempo normal e o Corinthians conquistou em cima do rival, Palmeiras o Campeonato Paulista de 1999.
Na primeira partida válida pela semifinal, o Corinthians levou a melhor sobre o Palmeiras e venceu por 4 a 3, porém, no segundo jogo da decisão sobrou emoção ou como diz Galvão Bueno ‘’Haja coração, amigo’’, já que este duelo contou com duas viradas de placar. Até que mais tarde, o Palmeiras ficou a frente do placar 3 a 2.
Com a igualdade no saldo de gols, a classificação para a próxima fase da competição foi, pelo segundo ano consecutivo, definida nas cobranças de pênalti e novamente Marcos foi o herói do Palmeiras e defendendo a última cobrança do ídolo corintiano Marcelinho Carioca.
Esse clássico quase teve uma coisa inusitada: o Ministério Público tentou realizar pela primeira vez na história um clássico de tamanha importância com uma torcida única, mas o presidente do Corinthians chegou a ameaçar que não disputar a partida se não houvesse a massa corintiana nas arquibancadas do Allianz Parque.
Em suma, nada disso aconteceu e o Timão teve a presença de sua torcida no estádio e ainda venceu o Palmeiras por 1 a 0 no primeiro duelo das equipes na ‘nova’ casa do rival.
A resposta do Palmeiras veio meses depois de perder o primeiro clássico em casa, após as equipes empatarem o clássico por 2 a 2 no tempo regulamentar a decisão foi para as penalidades máximas. O goleiro, Fernando Prass, defendeu as cobranças de Elias e Petros e relembrou os momentos de glórias de Marcos com a camisa do Palmeiras.
A Arena Itaquera sediava a primeira ‘decisão’ e via o seu maior rival, Palmeiras, conquistar a vaga para final do Paulistão contra o Santos.