Audax e Santos fazem a finalíssima nos dias 01/05 e 08/05, em Osasco e na Vila Belmiro, na sequência.
Há quem diga que o favoritismo é do Santos. Mas há também quem garanta que o Audax não se intimida pela camisa do adversário.
Mandingas e superstições futebolísticas à parte, conheceremos alguns pontos importantes da trajetória de cada clube, nesta edição do Campeonato Paulista, que podem ajudá-los na hora da decisão.
(Foto: Renato Silvestre Zopress)
O time de Fernando Diniz somou 24 pontos na fase de grupo com 7 vitórias, 3 empates e 5 derrotas.
O primeiro lugar do Grupo C (mesmo grupo do São Paulo, que ficou na segunda colocação) marcou 25 gols e mostrou um futebol entrosado com conceitos táticos de troca de posição e inversão de funções que destacou a equipe dos demais.
O caminho do Audax não parecia dos mais fáceis. E não foi.
Apesar da vitória contundente sobre o São Paulo por 4x1, o time de Osasco enfrentou dificuldades contra o Corinthians, mesmo saindo na frente no placar.
Se nas quartas de final a equipe dominou o São Paulo e conquistou um placar mais elástico, a história foi diferente na semifinal.
O time de Osasco ficou duas vezes à frente do time da capital com dois golaços de fora da área. Porém, a persistência corintiana buscou o empate e levou o jogo aos pênaltis.
O brilho de Sidão, goleiro do Audax, ao pegar o chute de Rodriguinho, o erro de Fagner, do Corinthians, e a conclusão certeira de Velicka, Tchê Tchê, Ytalo e Camacho classificaram a equipe do Audax-SP e deram um recado para o Santos: a camisa não pesa.
Fernando Diniz está no comando do time há três campeonatos paulistas. Todo este tempo de casa permitiu que ele implementasse um tipo de jogo conciso que sufoca o time adversário, mesmo sem a posse de bola.
Os jogadores já se conhecem há algum tempo e possuem um certo entrosamento, que é usado com sabedoria, por Diniz, em jogadas sem a robotização das funções dos jogadores, mas focada no prazer de jogar e na ousadia do plantel.
O time ainda conta com o vice artilheiro da competição, o meia Rodrigo Andrade, com 8 gols.
(Foto: Ivan Storti - Santos FC)
Primeiro colocado do Grupo A, chegou aos 32 pontos com 9 vitórias, 5 empates e apenas uma derrota.
O Santos é dono da segunda melhor campanha (atrás apenas do Corinthians) e vem recuperando o bom futebol que mostrou no ano passado.
Vale lembrar que o último confronto o time da baixada levou a melhor. Saiu perdendo o jogo, mas, graças ao brilho de Ronaldo Mendes, que marcou o gol da virada minutos depois de entrar em campo.
Pelas quartas de final, o Santos encarou o São Bento, time embalado de uma vitória em cima do São Paulo. A equipe santista manteve seu DNA ofensivo e marcou dois gols, com Vitor Bueno, dominando a partida.
Pela frente, o Palmeiras. O algoz da última derrota do time na Vila. O Santos impôs um ritmo de jogo e conquistou um bom placar de 2x0.
Porém, aos 42 minutos do segundo tempo, o Palmeiras aproveitou a falta de concentração do time da Vila e o erro de marcação para diminuir e, logo em seguida, empatar.
Novamente aos pênaltis, Vanderlei, goleiro santista, se destacou e levou o Santos à classificação.
O elenco santista que chega ao final do paulistão é bem entrosado. Muitos já treinam juntos há um bom tempo e o elenco tem uma boa relação com Dorival Júnior.
Os jogadores estão confiantes após a vitória contra o Palmeiras e contam, também, com a decisão do campeonato em casa.
O atual campeão paulista contra com o brilho individual de suas estrelas de seleção (principal e olímpica) e, é claro, com futebol envolvente apresentado.
(Foto: Divulgação/Site Oficial da Federação Paulista de Futebol)