Crédito foto: Reprodução Facebook oficial EUA
Por que deveríamos acreditar que os Estados Unidos pode superar os sul-americanos e conquistar o torneio?
Todas as equipes participantes planejam aproveitar a Copa América para entrosar suas equipes e prepará-la para as eliminatórias. Os técnicos sul-americanos comemoram o fato de terem tanto tempo para treinar suas equipes, algo raro no calendário atual e, com excessão do Brasil, que parece não saber se quer treinar sua seleção principal ou sua seleção olímpica, correndo o risco de não fazer bem nem um e nem outro, enquanto Estados Unidos e México se aproveitam desse tempo para preparar suas equipes. Era tudo o que Klinsmann, técnico do EUA, precisava.
Mas apenas treinamento não será suficiente para que o técnico alemão resolva todos os problemas de sua equipe para que retome a forma de 2014. Na prática, a competição pode agregar muito ao crescimento da equipe no coletivo e dar muito confiança para jovens tão promissores como o meia Pulisic.
Assim como os Estados Unidos, a Colombia passa longe de ser a grande equipe de 2014 e vive uma situação parecida dos americanos. A grande estrela, James Rodriguez, não é mais a sensação que era há dois anos e a falta de regularidade ao jogador no Real Madrid. Isso certamente pode ser um indicador de que a Colômbia também sofra de altos e baixos no torneio. Fato é que os colombianos serão um adversário duro para encarar logo de cara na estreia, mas podem ser batidos com o mínimo de organização.
Outra equipe que ainda vive do que alcançou no último mundial. Jorge Luis Pinto não é mais treinador da equipe e a seleção nunca mais se encontrou em campo mesmo com as constantes mudanças de treinadores (duas vezes em menos de dois anos). Os porto-riquenhas depositam todas as suas esperanças em jogadores como Celso Borges e Bryan Ruiz que, convenhamos, estão muito abaixo do nível dos jogadores americanos.
A grande incógnita do grupo. A essa altura o Paraguai pode estar lutando pela classificação ou eliminado da competição. Apesar da derrota para o México no último final de semana em amistoso, é notável o porquê que essa seleção marca tantos gols. Os ataques em profundidade e a movimentação da equipe na saída de bola podem complicar qualquer adversário. Mas, ainda assim, não é uma tarefa impossível.
Com uma melhora bastante elogiável em suas jogadas de contra-ataque, os Estados Unidos também mostrou saber manter a posse de bola no campo de ataque no últimos amistosos e o fator casa deve fazer a diferença contra os paraguaios.
Por mais que o Peru possa complicar a vida de Brasil e Equador, é difícil imaginar que essas duas seleções não sejam as duas a passar de fase. Baseado nas Eliminatórias da CONMEBOL, seria melhor encontrar o Brasil do que o Equador, mas na prática, a dificuldade pode ser a mesma.
Em ótima fase, o Equador é uma das poucas seleções da competição que será um problema para qualquer adversário. Jogando em casa, caso os Estados Unidos passe de fase jogando bem, é difícil de não imaginar os americanos favoritos contra os equatorianos.
Caso o adversário seja o Brasil, é difiícil imaginar como a seleção canarinho chegará a essa fase da competição. Com inúmeras baixas por lesão e jogadores convocados de última hora pelo Dunga, não se sabe se os brasileiros irão privilegiar o trabalho da seleção principal ou da seleção olímpica. De qualquer maneira, é a única seleção que não tem um plano de jogo definido e fatalmente terá problemas para enfrentar os americanos em casa. Não será fácil, mas é possível. Muito possível.
Uruguai, Argentina e Chile poderão ser os adversários a essa altura da Copa América. O que seria péssimo para a equipe do técnico Klinsmann. O melhor cenário, porém, pode ser aquele que caso aconteça, entre para a história do soccer: México.
A equipe mexicana também passa por uma reformulação nas mãos de Osório, ex-técnico do São Paulo. Tecnicamente seria um adversário mais fácil de enfrentar, rivalidades à parte, obviamente.Jogando em casa, com o apoio de sua torcida, seria a partida mais importante entre as duas equipes desde a Copa do Mundo de 2002, quando se encontraram nas oitavas de final.
É possível que México supere seus adversários e alcance a fase de semifinal da Copa América e, caso isso aconteça, será difícil encontrar um americano que não queria enfrentar os maiores rivais em uma semifinal dentro de casa. Uma partida em que a motivação e a força de vontade podem falar mais alto que a técnica, mas se Uruguai ou Argentina aparecerem pelo caminho, bem, vamos esperar para que Messi ou Suarez não estejam com a camisa do Barcelona por baixo do uniforme.
Vamos ser honoestos, caso os Estados Unidos de fato chegue na final, eles serão favoritos contra qualquer adversário e será muito difícil vencê-los. Mesmo que do outro lado do campo esteja a Argentina ou o Brasil.
O discurso motivacional de Klinsmann sobre os Estados Unidos serem “a equipe destinada a vencer” terá todo o sentido. Uma final com os EUA em casa será a chance que teremos de ver a volta da grande equipe que o mundo admirou em 2014. É possível. Só nos resta acreditar e esperar.
Apesar de ser o país anfitrião, poucos, inclusive americanos, acreditam que os Estados Unidos possa de fato levantar a taça da Copa América Centenário.
A desconfiança tem um motivo: Klinsmann não soube manter o alto nível da equipe, após a Copa do Mundo de 2014 e, em uma tentativa de renovar a equipe, não conseguiu manter uma base de jogadores na equipe titular e o estilo de jogo se perdeu.
Em 2015 foi um desastre e neste começo de ano, o técnico precisou mostrar resultado nas Eliminatórias da CONCACAF para não perder o seu emprego.
Veja também:
Oscar x Philippe Coutinho: Quem deveria ser o armador da seleção?
Super Copa do México será decidida no EUA pela segunda vez; entenda
Agora como técnicos ex-jogadores argentinos retornam aos seus antigos clubes