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Que o futebol é um esporte empolgante e com muitas reviravoltas, ninguém duvida. Heróis viram vilões (e vice-versa) muito rapidamente, não raro em menos de 90 minutos. O exemplo clássico é o atacante que faz o gol salvador de empate em uma decisão, mas perde o último pênalti na disputa decisiva e deixa o título escapar. No futebol, mais do que qualquer outro esporte, as mudanças são constantes e muito rápidas. E o clube que sentiu isso na pele foi o Celtic.
Foi como se o time escocês vivesse dois mundos diferentes. Como se vivesse um dia de luxo e um dia de pobreza. As diferenças entre um jogo da liga escocesa e de enfrentar o poderoso Barcelona na luxuosa Champions League acentuaram algo que é cada vez mais óbvio: a Escócia não tem mais times do primeiro escalão europeu.
Não se completaram sequer 72 horas que o apito final marcou a quarta vitória do Celtic no campeonato nacional, uma goleada por 5 a 1 que manteve o time líder isolado mesmo com um jogo a menos do que os adversários. E não foi qualquer jogo: o grande clássico contra o Rangers, o grande rival que retornou da quarta divisão após uma falência. As boas-vindas foram da maneira mais cruel possível – e literalmente, já que nas arquibancadas a torcida não perdoou a morte do irmão de um dos atletas do seu rival. Coisas do maior clássico do mundo disputado em um cenário onde o Celtic domina por completo atualmente.
Ainda delirando com o chocolate aplicado sobre o seu rival, os torcedores alviverdes viram o time embarcar para a Espanha. O adversário seria um dos melhores times do mundo, mas depois de passear contra o grande rival, quem ousaria dizer a eles que não poderiam sonhar? Ainda mais para um time que leva a esperança na cor verde, esperança essa que foi reforçada ao lembrar o histórico jogo contra o mesmo Barcelona quando venceram por 2 a 1, mesmo com apenas 11% de posse de bola ao longo de toda partida.
O milagre não aconteceu. Longe disso. Ele até se passou pela cabeça de alguns torcedores escoceses quando o juiz marcou um pênalti a favor do time escocês. O placar já marcava 1 a 0 para os espanhóis, gol de Messi. Na cobrança, Dembelé, o grande herói da goleada sobre o maior rival dias antes. A defesa de Ter Stegen só tornou pior um pesadelo que parecia inevitável.
Se perder era esperado, ser goleado era uma possibilidade real. A expectativa, com o passar dos minutos, passou a ser apenas não ser humilhado. Nem disso foi possível escapar. O placar de 7 a 0 pode parecer elástico, mas dá a exata dimensão da diferença entre as equipes no Camp Nou. Mais do que a goleada sofrida, os escoceses voltaram para casa com a dura realidade estampada na testa. Se é o leão da selva no campeonato local, não passa de um gatinho no cenário europeu – e dos mais frágeis.
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