No Clássico-Rei cearense, a vantagem é do Ceará e começou desde os primeiros anos quando o Vozão ficou quatro anos até perder a primeira partida. O Fortaleza ganhou força e passaram a alternar períodos de vitórias para os dois lados.
A dupla reina sozinha no Ceará com 43 títulos alvinegros e outros 40 tricolores, além de 31 vezes decidindo o campeonato em um Clássico-Rei, sendo que o Fortaleza ganhou 16 vezes contra 15 do rival.
As diferenças do Atletiba já começam com a definição da primeira partida oficial entre os clubes. Os alviverdes dizem que venceram por 6x3, enquanto que os rubro-negros alegam partida anterior em que teriam vencido por 2x0.
Muita coisa aconteceu desde então, com inúmeras finais entre as equipes e a maior parte delas vencidas pelo Coritiba. O título brasileiro dos alviverdes prometia aumentar ainda mais a distância entre as equipes, mas o Furacão respondeu no começo do século com alguns títulos estaduais e o Brasileirão de 2001. A soberania nos confrontos diretos, porém, segue amplamente a favor do Coxa.
Os bastidores sempre têm força nos grandes clássicos brasileiros, mas em nenhum ele é tão presente como em um Palmeiras x São Paulo. Em 1942, o Palmeiras, então Palestra Itália, se viu forçado a trocar de nome por conta de uma pressão política levantada pelo rival.
Na ocasião o Palmeiras bateu os rivais e ficou com o título paulista, mas os ânimos passaram a ficar mais acirrados. Com mais vitórias no confronto direto, o Tricolor domina por completo os jogos da Libertadores sem nenhuma derrota. O Palmeiras costuma se dar melhor no Brasileirão, com mais vitórias que o rival e chegando a ficar um bom tempo sem perder no torneio.
A história do Ba-Vi é semelhante ao clássico mineiro, ganhando força a partir da década de 1950. O Bahia sempre teve maior visibilidade nacional do que o rival, inclusive conquistando a Taça Brasil de 1959 contra o fortíssimo Santos e o Brasileirão de 1988.
Devido a times mais fortes, o retrospecto aponta larga vantagem do Esquadrão de Aço: são 46 títulos estaduais contra apenas 26 do Vitória, quase o dobro. Contudo, a rivalidade tornou-se mais forte no período recente com um amplo crescimento do Leão.
Entre 2002 e 2011, o Bahia ficou sem conquistar nenhuma vez o título baiano e, pior do que isso, viu seu rival vencer oito vezes o torneio. As equipes ainda decidiram três vezes a Copa do Nordeste com duas vitórias do rubro-negro. Tudo isso animou ainda mais as disputas entre as duas equipes.
Até mesmo na desgraça, a dupla Ba-Vi tem andado muito próxima. Os dois times cometeram erros semelhantes e caíram juntos para a terceira divisão, em 2005, naquele que seria o maior buraco desse clássico histórico.
A aparição nacional do Paysandu é muito maior do que a do Remo no período recente. Com algumas disputas na série A e um título da Copa dos Campeões, o Papão conseguiu chegar ao topo com uma participação na Libertadores, onde inclusive chegou a vencer o Boca Jrs. dentro da temida La Bombonera.
Os anos dourados dos bicolores, porém, não entram em campo quando se trata de um Re-Pa. O Remo domina os confrontos diretos e sempre dá muito trabalho ao Paysandu, sempre com o Mangueirão lotado para os duelos.
O equilíbrio é tamanho que, hoje, o Paysandu segura uma vantagem mínima de um título sobre o rival nos campeonatos estaduais: 45 x 44. O acesso para a terceira divisão conquistado pelo Remo pode colocar os dois times na mesma divisão do Brasileirão no ano que vem e voltar a ter jogos em cenário nacional.
O Clássico dos Milhões, como é conhecida a partida entre Flamengo x Vasco, é outra das mais fortes do Brasil e tem um dado curioso: ela não nasceu nos gramados, mas sim nos campeonatos de remo que as equipes disputavam fortemente.
Com os crescimento de ambos no futebol, a rivalidade passou para dentro das quatro linhas também e teve o Vasco como vencedor do primeiro confronto. A vantagem geral, porém, é do Flamengo em confrontos diretos e em títulos – cariocas e brasileiros.
Os dois já decidiram vinte dois campeonatos cariocas e vantagem é rubra-negra: 12x10. Um dos mais emblemáticos foi o título do 2001, com vitória flamenguista após um gol antológico de Petkovic. A primeira decisão nacional entre ambos foi a Copa do Brasil de 2006, também vencida pelo Flamengo.
Apesar da configuração parecida com a do Rio Grande do Sul, com o estado dividido basicamente entre Atlético e Cruzeiro, a rivalidade entre as equipes demorou a aflorar, iniciando com maior força apenas a partir da década de 50 – em especial depois do campeonato minério de 1956, quando dividiram o título após três jogos de desempate e uma questão judicial referente a um atleta do Galo.
Nos últimos anos a rivalidade se acentuou, principalmente pelos bons resultados das duas equipes. O Cruzeiro venceu os brasileiros de 2003, 2013 e 2014, enquanto o Galo respondeu com título da Libertadores que o clube nunca havia conquistado.
O ápice mais recente foi a disputa da Copa do Brasil de 2014, quando galo bateu o campeão brasileiro Cruzeiro e foi campeão também pela primeira vez do torneio. O jogo foi marcado por muita provocação das duas partes e esquentou ainda mais o clima em Belo Horizonte.
A principal rivalidade de São Paulo também não fica atrás dos seus concorrentes. O Derby paulista é sempre marcante e os jogos costumam mudar os destinos dos clubes com resultados que não seguem momentos: independente da fase dos clubes, o resultado é sempre imprevisível.
São inúmeros os jogos marcantes entre Palmeiras x Corinthians. Do título alvinegro com direito a uma guerra campal após embaixadinhas do Edílson, passando pelo fim da fila alviverde e uma vitória por 4x0 sobre o rival em 1993 e chegando aos épicos confrontos da Libertadores, ambos vencidos pelo alviverde nos pênaltis, e à final do Brasileiro de 1994, também vencido pelo Palmeiras.
O clássico é tão forte que a discordância aparece é até nos números: com uma das menores diferenças no confronto direto, o Corinthians não reconhece duas vitórias alviverdes no histórico do confronto. Os palmeirenses respondem com a maior goleada do confronto: 8x0. Tudo isso apenas alimenta ainda mais essa rivalidade a cada Derby.
O clássico das multidões, como é conhecido o Fla-Flu, é um dos mais tradicionais do Brasil e sempre proporcionou verdadeiros espetáculos nas arquibancadas, bastante coloridas com as bandeiras e artigos dos dois times.
O primeiro jogo entre as equipes foi em 1912 e de lá pra cá foram várias partidas emocionantes e marcantes. Os dois são os principais campeões do estado: 33 títulos para o Flamengo e 31 para o Fluminense. A dupla já decidiu o campeonato carioca em onze oportunidades e o Flu levou a melhor em oito delas. O Flamengo responde com um maior número de vitórias no confronto direto.
A importância do jogo faz com que as barreiras estaduais sejam quebradas. Neste ano de 2016 o Fla-Flu aconteceu em São Paulo, assim como já havia ocorrido em 1942. Nos anos recentes a disputa também aconteceu em outros estados e já foi cenário de revistas e jornais internacionais. E como esquecer o histórico gol de barriga do Renato Gaúcho? Não por acaso recebeu o título de patrimônio imateriável do Rio de Janeiro, em 2012.
Difícil pensar em clássicos e não pensar logo de cara no jogo famis famoso do sul. O Gre-Nal é um campeonato à parte e divide a cidade entre as cores azul e vermelha. A rivalidade é tanta que, em geral, quando um vai bem, o outro está em mal momento.
Fundado antes, o Grêmio conseguiu se organizar melhor e aplicou algumas goleadas por vantagens consideradas, mas aos poucos o Colorado respondeu e hoje lidera o confronto. Nos títulos estaduais o Inter também lidera: 44x36.
Prova da força desse jogo é que outro time de Porto Alegre se aproveitou para criar um slogan bastante criativo. Além do tradicional Zequinha, o clube é chamado de “mais simpático do Rio Grande do Sul”, chegando inclusive a ser o “segundo time de todo morador de Porto Alegre”, uma clara alusão à rivalidade da dupla Gre-Nal.