Com sete gols marcados em seis jogos na Libertadores 2016, Jonathan Calleri, de apenas 22 anos, ganhou a simpatia da torcida são paulina, que já criou até uma música para o atacante. Considerado um dos destaques da última temporada do futebol argentino, quando atuava pelo Boca Juniors- ARG, Calleri chamou a atenção de diversos clubes europeus. No entanto, até 30 de junho, ele segue sendo uma peça essencial no elenco do São Paulo e caso o time seja campeão da Libertadores, há possibilidade de sua permanência.
No ano passado, ainda atuando pelo Boca Juniors, Calleri marcou um inesquecível gol de letra, por cobertura, no Quilmes e vencendo o jogo por 2 a 1, na Bombonera. O feito do atacante arrancou aplausos de toda a torcida e até mesmo de Diego Maradona, que estava presente na partida.
Apesar de ter sido um dos destaques do Boca Juniors na temporada passada, Calleri foi revelado pelas categorias de base do modesto All Boys. O rapaz tem um vínculo especial com o clube, já que seu pai atuou lá durante os anos 1980 e posteriormente como técnico, treinando Calleri durante sua passagem pela base.
O atacante só viria a fazer sua estreia profissional aos 19 anos de idade, contra o Estudiantes, durante a Copa da Argentina, em agosto de 2013. Em 2014 assinou contrato com Boca Juniors, onde conquistou dois títulos com clube nas temporadas 2014/2015, o Campeonato Argentino e Copa da Argentina.
Antes de chegar ao São Paulo, Calleri era pretendido por outros grandes clubes brasileiros, como Atlético Mineiro e Cruzeiro. No entanto, o que poucos sabem é que, uma ligação telefônica do técnico Edgardo Bauza foi essencial para a escolha do atacante. Isso aconteceu pelo fato de Bauza ser muito amigo de Nestor Fabbri, ex-zagueiro com quem foi vice-campeão da Copa do Mundo de 1990, ídolo do Boca Junior e tio de Calleri. Ao que ao que tudo indica, Fabbri aconselhou o sobrinho a seguir para o clube do Morumbi.
A agilidade, velocidade e inteligência para se movimentar na pequena área faz de Calleri um eficiente jogador, fato que o já fez cair nas graças dos são paulinos. Acostumada a recepcionar muito bem jogadores sul-americanos, a torcida até já ganhou preparou um canto, que pode ser ouvido todas as vezes em que o argentino está em campo.
Com 10 gols e três assistências, as boas atuações do argentino chamaram atenção da diretoria, que já manifestou o desejo de tê-lo pelo resto da temporada. Além disso, nessa edição da Libertadores, ele já conseguiu igualar a marca de nomes como Raí e Toninho Guerreiro, ocupando a 9ª colocação no rol dos maiores goleadores do São Paulo na competição sul-americana. Dessa forma, se ficar no São Paulo, Calleri já esboça um perfil de ídolo em potencial da torcida.
(Foto: Rubens Chiri/saopaulofc.net)