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A Copa do Mundo, apesar de acontecer a cada quatro anos, tem o poder de nunca “desaparecer” completamente do imaginário das pessoas. Seja ela um torcedor comum, um jornalista que possa cobrir o evento, um comentarista que tem a oportunidade de escapar da rotina dos campeonatos brasileiros para ver os maiores do planeta em ação ou um dos afortunados que mostraram que podem compartilhar o campos com os mesmos, mesmo que não seja aprovado totalmente pela população.

Não importa quem seja o grande vencedor, se a equipe em questão não consegue o que queria ou se ela nem mesmo chega ao torneio. O que acontece é que, depois dos 30 dias de Copa, o “Projeto Copa do Mundo de sabe-se lá o ano” já vira uma espécie de discurso dos treinadores, jogadores e Confederações. Agora, qualquer um que possa estar lendo este texto pode pensar: “Ah, mas antes tem que jogar a Copa do Continente, jogar as Eliminatórias, etc”. Mas, sendo sincero, conseguindo se classificar para o Mundial, o resto pode ser esquecido, basta ganhá-la. Tarefa fácil!

Portanto, se o objetivo principal é esse, o Esportudo preparou uma lista de atletas que vieram para o Brasil pensando na Rússia, por mais que pareça distante, sem sentido ou improvável. Afinal, vale imaginar qualquer coisa para conseguir realizar esse sonho.

Diego Alves - Flamengo

Diego Alves poderia ter continuado na Europa. Vinha de uma campanha não muito boa no Valencia-ESP, no quesito coletivo, claro. Até porque, não é qualquer jogador que consegue parar Messi e Cristiano Ronaldo e bater o recorde de pênaltis defendidos na La Liga. Apesar de tudo isso, o time espanhol estava disposto a liberá-lo para outro clube e seguir a carreira em uma equipe de menor expressão não era o melhor caminho para o goleiro de 32 anos. Com o interesse do Flamengo, um dos grandes brasileiros, devido ao problema de arqueiros que o clube carioca tinha, Diego pôde unir o útil ao agradável, jogar em um grande time e em seu país de origem, pertinho dos olhos da CBF.

Fábio Santos - Atlético-MG

Depois de ter conquistado o Mundial de Clubes por duas vezes e por dois rivais, o lateral vinha de passagem pelo México quando voltou ao país para integrar o elenco do Galo. Para aumentar ainda mais as esperanças de uma possível ida à Seleção Canarinho, no cargo de treinador está um dos técnicos que levou Fábio Santos ao título mais importante de um clube brasileiro. Tite o conhece muito bem e, claramente, saberia montar um time em que o jogador se daria bem. Apesar da disputa acirrada pela posição, todos esses fatores citados serviram de motivo para o jogador voltar ao Campeonato Brasileiro.

Elias - Atlético-MG

Outro jogador do caro elenco mineiro que figura a lista é o volante Elias. Depois de grandes passagens pelos clubes de maior torcida no país, o jogador não conseguiu o mesmo destaque pelo Velho Continente e decidiu voltar ao lugar onde ele demonstra todo seu futebol. Com títulos nacionais na bagagem, diversas convocações para a Seleção Brasileira e bom relacionamento com o treinador da mesma, com quem conquistou o campeonato nacional pelo Corinthians, em 2015, estar perto dos olhos da CBF poderia dá-lo uma boa chance de estar presente na Copa de 2018.

Diego - Flamengo

Mesmo tendo sido destaque do time do Santos que conquistou dois Campeonatos Brasileiros e quase conquistou a América, Diego vinha de altos e baixos na Europa, intercalando entre clubes fortes e fracos no cenário europeu. Só que o sonho de jogar uma Copa do Mundo estava chegando perto do fim sem um desfecho positivo. Com a chegada de Tite à seleção, porém, a possibilidade de estar presente na Rússia, devido ao grande senso de justiça do treinador, se tornava real, principalmente se estivesse perto do técnico gaúcho. Assim, Diego e Flamengo chegaram a um acordo e o atleta, que antes só havia passado pelo seu clube origem, retornou ao Brasil visando uma vaga na seleção.

Éverton Ribeiro - Flamengo

O último exemplo do clube carioca é recente e veio cercado de expectativa. Depois de ganhar e protagonizar a campanha bicampeã nacional do Cruzeiro, o meia viu na China uma chance de fazer seu pé de meia com os altos salários oferecidos pelos orientais, apesar da liga fraca em que jogaria. Após o futuro garantido, o Flamengo chegou com a chance de voltar ao campeonato onde foi campeão, integrar um bom elenco e voltar à seleção, onde já jogara quando era atleta da Celeste Mineira.

Robinho - Atlético-MG

Fechando nossa passagem por Minas, outra cria santista está de volta, dessa vez da China, querendo um possível lugar nos 23 de Tite. Robinho já esteve em Copas e pôde jogar em grandes clubes europeus, como o Real Madrid, mas estava na China ganhando mais ainda sua “liberdade financeira” (como se já não a tivesse). Com isso, se juntar a um dos ditos favoritos aos grandes títulos, nos últimos anos, se tornou uma decisão não tão difícil. Robinho jogou uma Copa, mas não a ganhou, e essa seria uma grande chance.

Jô - Corinthians

Esse é um exemplo diferente. Sua volta ao Parque São Jorge não foi com uma intenção tão forte de pensar na amarelinha. Jô votou para um recomeço, depois de anos turbulentos em sua carreira. Seu problema com festas e bebidas era visto como um indício de que não faria mais o que demonstrou pelo Atlético-MG em 2013, mas, mesmo assim, o Corinthians o trouxe. O que ninguém de fora esperava era a volta por cima e a grande campanha do Timão e de Jô, o atual artilheiro do Campeonato Brasileiro. Sendo assim, a vaga que falta para ser um dos atacantes da seleção voltou a ser um sonho possível. Afinal, esteve em 2014 e sabe como é o clima de uma Copa, mesmo com o fatídico 7 a 1 alemão.

Lucas Pratto - São Paulo

Outro exemplo diferente, Lucas Pratto não estava exatamente longe do país e voltou, mas, depois de se destacar pelo Vélez Sarsfield, ser contratado pelo Atlético-MG, se destacar novamente, ser um dos grandes atacantes no Brasil, ser cotado para a atuar pelo seu país, o atacante viu na ida para o São Paulo uma oportunidade de fugir da briga por posição com Fred e ser, outra vez, o titular e destaque de um grande clube brasileiro. A vida de Pratto não está das melhores, com a fase do clube do Morumbi e com as trocas de técnicos na Argentina, mas não há motivos para não pensar na Copa até a lista dos 23 convocados sair.

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