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Cadê a técnica? Futebol brasileiro sofre escassez de gols de falta

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Crédito foto: Getty Images

Uma das coisas mais bonitas em uma partida de futebol são os gols de falta. Melhor ainda, é aquela sensação do torcedor no pequeno tempo em que a bola sai do pé do cobrador e segue rumo às redes. Um sensação que mistura apreensão com expectativa, e ao mesmo tempo um sentimento surge dentro do torcedor. Quantas vezes o flamenguista, em uma dessas cobranças, já disse “temos Zico, dessa distância é meio gol”? Ou o são-paulino ao ver o árbitro marcar uma infração próxima a área adversária, olhou para o próprio gol e gritou o nome de Rogério Ceni? São sensações que não têm um explicação concreta, e só quem sente da arquibancada consegue descrever.

Nos últimos anos, porém, esse sentimento tem andado sumido das arquibancadas. Isso porque este tipo de lance está sendo cada vez menos frequentes no futebol brasileiro. No último Brasileirão, 2016, foram apenas 17 gols de falta anotados. Se comparado com os anos anteriores, veremos que houve uma queda muito acentuada. Em 2011, foram 44 e em 2013, 46. O que pode explicar tamanho déficit? Ausência de talento, técnica ou treino?

É importante ressaltar que em 2013, o Brasileirão contava com quatro grandes batedores de falta. Alex, no Coritiba, Rogério Ceni, no São Paulo, Ronaldinho Gaúcho, no Atlético Mineiro e Juninho Pernambucano, no Vasco. Isso talvez pode representar um pedaço da queda dos números, visto que Juninho e Alex se aposentaram em 2014 e Rogério Ceni encerrou sua carreira em 2015. Além disso, Ronaldinho Gaúcho deixou o Galo na metade da temporada de 2014 rumo ao futebol mexicano.

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A relevância destes jogadores para com estes números é clara. No Brasileirão de 2006, por exemplo, o ex-goleiro marcou quatro vezes assim. Ronaldinho, em 2013, também fez quatro no campeonato.  Outro bom exemplo é o de Jadson, no Corinthians. No torneio nacional de 2015, o meia anotou três de bola parada na entrada da área. Já em 2016, o Timão não teve nenhum gol como aqueles a seu favor.

Se analisarmos os números de 2016, veremos que há claramente uma ausência de talento. Dos 17 gols de falta no Brasileirão, apenas dois foram marcados pelo mesmo jogador. Gustavo Scarpa, do Fluminense, foi o único a fazer mais de um em todo a competição. Ou seja, foram 15 jogadores diferentes a marcar. O atual Campeão Brasileiro, o Palmeiras, está há 24 meses (dois anos) sem balançar as redes adversárias através de um tiro direto. A última vez foi em fevereiro de 2015, na vitória por 2 a 0 sobre o Capivariano, marcado por Robinho.

Teremos nesse próximo Brasileirão grandes jogadores que batem muito bem na bola. Lucas Lima, Jadson, Michel Bastos, Diego, Nenê, Gustavo Scarpa, Cueva, dentre outros. Quem sabe a média deste lance tão bonito sobe nesta temporada em relação a 2016. É claro que o talento e o dom nascem com o atleta, mas se suas características não forem aperfeiçoadas, elas tendem a sumir.

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Categorias: Futebol, Futebol brasileiro, Brasil, Gols, Falta, Gol, gols de falta, técnica

Artur Rodrigues

Escrito por Artur Rodrigues

Jornalista, apaixonado por esportes, sempre buscando cada vez mais aprendizado

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