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Brasileirão: Futebol não é feito apenas no campo; entenda

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Crédito foto: Getty Images

Recentemente, Paulo Autuori, técnico do Atlético-PR, reclamou dos jogos de segunda-feira no Brasileirão. Para ser mais exato, ele criticou o fato de termos jogos em vários dias e não em datas definidas como antigamente (quarta e domingo). Na minha opinião, o grande problema dessa declaração é que os jogadores e treinadores esquecem que o futebol é feito tanto em campo como fora de campo.

Em primeiro lugar, eu concordo em parte com o que ele disse. Temos um calendário ruim? Sim, todos sabem. É um problema jogos em dias diferentes? Não. Tanto faz o dia em que as partidas são realizadas, contudo é preciso ver se a torcida acata a ideia e vai ao estádio, porque é horrível para o produto e para os jogadores o estádio vazio. O grande problema são partidas que são adiadas em cima da hora, o que destrói o planejamento, algo que não era o caso, já que as partidas de segunda-feira já haviam sido estipuladas desde o começo do ano. Outro problema são jogos muito próximos um dos outros, o que reduz a possibilidade de treinamento e recuperação dos atletas.

Passando isso, vamos falar na parte comercial. Bem ou mal, o que paga o salário dos treinadores e dos jogadores são, principalmente, quatro coisas: patrocinadores, cotas de televisão (principal fonte de receitas para os clubes), bilheteria – algo que já dei uma leve pincelada acima – e o sócio-torcedor.

Começando pelas cotas de televisão, uma lógica é básica: só se paga pelo o que recebe e, nesse caso, receber é audiência e um pouco de espetáculo. Segunda-feira é um dos melhores dias para a TV, já que poucas pessoas saem de casa, o que gera maior audiência. Um exemplo claro disse é o famoso Monday Night Football da NFL, principal campeonato de futebol americano no mundo. Além disso, os públicos nos estádios foram bons, de acordo com os boletins financeiros disponibilizados pela CBF. Com isso, a renda da bilheteria vem se mostrando positiva e a TV também pode ficar mais satisfeita.

Colocando os patrocinadores e o sócios-torcedores no mesmo pacote, essa é uma das partes mais importantes do futebol, onde se ganha muito dinheiro, se ganha o torcedor e, muitas vezes, os jogadores e treinadores não gostam de participar. Apesar de poder ser visto com maus olhos e como algo chato, os atletas têm que aprender que, sem isso, dificilmente eles ganhariam os altos salários.

Resumindo tudo, apesar de o futebol ser feito em campo, ele só existe como conhecemos por causa do extracampo. Sem o marketing, as cotas de televisão, a fisiologia, a análise de desempenho (ambos assuntos para outros textos) e muitas outras partes dos bastidores, não conheceríamos o esporte do jeito que ele é. Isso que, no Brasil, não fazemos as coisas da melhor maneira possível.

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Categorias: Futebol, Atlético PR, Brasileirão, Paulo Autuori

André Garda

Escrito por André Garda

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